sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Projeto Sala de Educador - E.E.Luiz Carlos Ceconello-2012




RELATÓRIO DO PROJETO SALA DO EDUCADOR 

Formação Continuada 

Escola Estadual Luiz Carlos Ceconello 














Lucas do Rio Verde-MT 
2012 






RALATÓRIO DO PROJETO SALA DO EDUCADOR 

Formação Continuada 






Diretora: 
Sônia Maria Martinelli Ferreira 

Coordenação Pedagógica: 
Gisláide Aparecida Ferreira de Sena 
Eliane Aparecida Guimarães 

Coordenadora do Projeto: 
Gisláide Aparecida Ferreira de Sena 









Não basta saber ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho. 
Paulo Freire 





Em um mundo globalizado a busca constante pela informação é peça fundamental e estruturante na formação profissional. Nesse contexto, o ensino aprendizagem se remodela para adequar as exigências estabelecidas pelo mercado de trabalho, economia e sociedade, assim o profissional da  educação busca a Formação Continuada como base para o crescimento profissional do educador que irá contribui para a sua prática pedagógica de acordo com as políticas educacionais estadual, nacional e global. Imbernón (2006), sugere a formação permanente ou continuada como instrumento capaz de compreender, perceber e valorizar a formação como possibilidade de aliar teoria e prática. O ensino atual, no contexto estadual, requer uma prática que venha de encontro com a realidade de cada escola, de acordo com a comunidade na qual ela está inserida e de acordo com os avanços tecnológicos e científicos da atualidade. Por isso o Projeto Sala do Educador da Escola Estadual Luiz Carlos Ceconello foi estruturado para atender os anseios e as necessidades formativas do grupo de educadores da escola com o intuito de fomentar a práxis, através da escolha de temas de acordo com as mudanças educacionais vigentes e a proposta pedagógica da escola. 
Desta forma o projeto propôs estudos a respeito das Orientações Curriculares para Educação Básica do Estado de Mato Grosso, do projeto político pedagógico da escola, planejamento coletivo, regimento escolar, portarias, projetos de aprendizagem, ciclo de formação humana, gestão de conflitos, ética, oficinas pedagógicas, estudo sobre interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, uso de mídias e tecnologias, avaliação e relatórios, leituras complementares, tendo em vista, a necessidade de maior interação pedagógica e troca de experiência, visando conhecer a analisar as transformações e tendências educacionais ao nível municipal, estadual e nacional para exercer com plenitude o processo democrático. 
Levando em consideração que o grupo docente escolheu trabalhar com metodologia de Projetos de Aprendizagem, a Formação Continuada buscou o suporte teórico para fundamentar essa prática pedagógica. 
A metodologia de Projetos de Aprendizagem favorece a pedagogia democrática, uma vez que privilegia a relação dialógica entre educador e educandos e destes com o objeto do conhecimento. Professores e alunos em colaboração delineiam e planejam as estratégias de solução às dúvidas temporárias suscitadas. (SILVA, 2005, p. 48). 
Acreditando nessa proposta a escola aderiu a metodologia de projetos implantando em todas as fases e ciclos do Ensino Fundamental, fato que influenciou na mudança de conceitos e percepção de tempo e espaço na escola. Visando a formação dos educadores que fazem parte da equipe de apoio, nutrição e professores, o Sala do Educador focou na formação humana e na metodologia de Projetos de Aprendizagem para atender as necessidades formativas do contexto socioantropológico e educacional vivenciado pela comunidade escolar. 

PRESUPOSTOS TEÓRICOS 

A formação continuada exerce um papel crucial, trazendo os educadores para a discussão, pesquisas, análises e reflexões, pontuando assuntos pertinentes a situação pedagógica como a prática versada com a teoria. Em consonância com as urgências de um mundo em constantes transformações sociais, tecnológicas e econômicas, fez-se necessário uma ampla discussão a respeitos dos fatos que direta e indiretamente afetam os rumos da educação e das novas propostas e tendências pedagógicas levantando temas como: dinamizar, reorganizar e inovar o espaço educativo; planejar coletivamente; reestruturar o tempo e os espaços na escola; estabelecer estratégias para a gestão de conflitos e outros. Apesar de alguns temas já serem pontos de discussão e estudo ainda permanecem repletos de novas possibilidades de crescimento e aprimoramento pedagógico. 
No espaço da organização escolar é indispensável que o educador desenvolva de maneira simultânea, uma prática pedagógica crítica e construtiva que permita ao estudante aprender a aprender, a desvendar o tecido social que o cerca. Para isso usamos como base e fundamentação teórica para a práxis as Orientações Curriculares para Educação Básica do Estado de Mato Grosso; o construtivismo de Jean Piaget que demonstra que o raciocínio da criança segue uma estrutura lógica própria e que vai evoluindo conforme faixas etárias definidas; o Interacionismo de Vygotsky que considera que os elementos biológicos e sociais não podem ser dissociados e exercem influência mútua, desse modo, a somatória das teorias Vygotsky e Piaget resultam numa escola preocupada com a construção dos conhecimentos que se constitui pela interação do sujeito com o meio físico e social, com o mundo dos objetos e das relações sociais. É importante ressaltar que de acordo com as Orientações Curriculares: Concepções para a Educação Básica (2010): 
Do ponto de vista metodológico, é de fundamental importância reconhecer que a relação entre o homem e o conhecimento dá-se mediada pela linguagem, em suas múltiplas formas de manifestação: a língua, a matemática, as artes, a informática. (OCs 2010 p.32). 
Nesse contexto surge a escola organizada por Ciclo de Formação Humana. Porém a organização por Ciclos não deve ser vista como uma solução pedagógica para sanar problemas de ordem estrutural, ou tão somente combater a evasão e a repetência. Mais principalmente uma organização escolar que possibilita o desenvolvimento de novas relações sociais onde os tempos e os espaços escolares são colocados a serviço de novas relações de poder entre estudantes e professores proporcionando, então, uma nova visão de mundo e de sociedade. Para que isso ocorra é necessário apropriar-se de meios mais concisos que possibilite organizar e propor metodologias consistentes e que estejam de acordo com a realidade da comunidade local. Uma forma de conseguir isso é através da investigação socioantropológica e a organização do ensino a partir dos elementos levantados nessa investigação pode ser feita com a estruturação do complexo temático
A investigação socioantropológica é, portanto, uma ação metodológica que integra a lógica interna da visão epistêmica, a qual não prescinde do senso comum para a construção do conhecimento, pressupondo uma concepção de realidade referenciada na filosofia da práxis. (OCs 2010 p.53). 
Os educadores levaram para o Sala do Educador as Orientações Curriculares, e toda a legislação que orientava para o Ciclo de Formação Humana. Assim foi possível a compreensão do contexto que a escola vivencia, evidenciando assim a necessidade de repensar o currículo o tempo o espaço bem como sua metodologia com o objetivo claro de contemplar as exigências e as peculiaridades da comunidade escolar “Ceconello. Com o conhecimento teórico os educadores usaram os mecanismos propostos pelas OCs realizando a pesquisa socioantropológica, definindo o fenômeno, estruturando o complexo temático, trabalhando com projetos de aprendizagem e organizando o espaço em salas ambientes. 
Portanto durante a formação muitos temas e textos foram estudados e analisados. As teorias fomentaram a prática e através delas surgiram ideias e métodos que mobilizou professores e alunos no fazer pedagógico, instigando a pesquisa e a produção do conhecimento. 

O FAZER NO SALA 

No decorrer do desenvolvimento do Projeto Sala do Educador, foram abordados diversos temas  que contribuíram para a formação dos educadores. Os encontros eram sempre iniciados por  momentos de orações através de músicas, textos, mensagens...também dinâmicas diversas que a cada semana tinha um responsável por organizá-las. Quanto ao registro escrito, também era realizado a cada semana por um componente do grupo, que registrava conforme o seu entendimento e com suas características. Em se tratando de Formação Humaana, iniciou-se o trabalho com os educadores, com a reflexão da frase de Sócrates “Conhecece-te a ti mesmo” seguida de questionamentos que propiciavam uma  autoanálise. Após essas reflexões todos escreveram uma carta para si mesmo,  a qual só foi lida no encerramento do Sala. As avaliações aconteciam sempre no final de cada encontro , ou término de cada temática, oralmente ou através de registro escrito. Outro diferencial que cabe ressaltar que o desenvolvimento do Projeto Sala do Educador acontecia em espaços diferenciados, atendendo a necessidade de cada tema abordado, dinamizando o trabalho. Foram utilizados a sala de vídeo, o refeitório, o pátio e o laboratório de informática. . Os temas eram abordados em forma  de Exposição, Seminários, Filmes e Palestras.  Contando ainda com a participação de alunos da 3ª fase do 3º ciclo, que apresentaram sínteses de livros, sobre  através de slides.Os pais dos alunos se fizeram presentes. 
Dentre os Temas abordados citamos: Projetos de Aprendizagem, Inquietações presentes nas vozes dos professores, reconfigurações do papel do Professor, na escola contextualização e fundamentos. Registros em Caderno de Campo. Salas Ambientes. Missão Visão e Valores da escola. Planejamento. Projeto Político Pedagógico  Regimento Escolar e Níveis e Modalidades de Ensino. Orientações Curriculares, Os Princípios Metodológicos Envolvendo a Transdisciplinaridade Ética, Moral e Valores. Recursos Tecnológicos Word, Excel, Paint e Power. Gestão de Conflito. Ética, Educação e Cidadania. A Indisciplina e Formação dos Professores. O Princípio da Transdisciplinaridade e Processos Pedagógicos. Palestra “Problemas de Comportamento” Psicóloga Regina, Complexo Temático, Pesquisa Sócio Antropológica ,Matriz de swot e Formação do Alfabeletrar-Jornada de MT. 

O OLHAR O SALA 

Promover estudos que visam maior integração entre a teoria e prática educativa e novos saberes, possibilitando esclarecimentos sobre as mudanças na política educacional do país e suas tendências pedagógicas é um desafio, principalmente quando isso acontece após uma jornada de trabalho de 8 horas de aula. Por esse motivo, pensar o PSE para um grupo de educadores que busca inovar sua metodologia aceitando a proposta de escola organizada por ciclo de formação humana, estruturada com a metodologia de projetos dede aprendizagem em espaços de salas ambientes, é uma tarefa a ser pensada em suas nuances mais sutis. A recepção, a sequencia e distribuição dos temas foram pensadas estrategicamente. A garantia de participação e entusiasmo do grupo sempre foi uma preocupação constante. Por isso o tema inicial foi a formação humana do educador. Esse foi o momento de expor os medos e desafios, assim como as fraquezas e os pontos fortes, assim o grupo construiu um elo de compromisso com o projeto, com o outro e com o eu. 
A qualidade na educação foi a reticências que permeou os diálogos e as discussões, levantou questionamentos voltados ao fazer pedagógico. A escola foi vista como um todo ressaltando os aspectos estruturais e suas esferas físicas, humanas, econômicas, sociais, culturais, documentais e políticas. 
A transdisciplinaridade foi matéria prima para moldar os novos saberes e cada educador vivenciou uma investigação socioantropológica nas 3 horas semanais destinadas ao PSE. Isso foi possível colher nos relatos avaliativos ao final de cada tema, onde a exposição do eu foi permeada de introduções do aprendizado com o outro. 
A transdisciplinaridade supõe a possibilidade de construção do novo, permitindo aproximações sucessivas da verdade, que nunca se dá a compreender plenamente. Por isso, o conhecimento resulta do processo de construção da totalidade, que nunca se encerra, pois há sempre algo novo para conhecer. (OCs 2010 p.36). 
Cada espaço e cada momento foi utilizado no intuito de promover o aprendizado e troca de saberes. 
Contudo foi possível perceber que é necessário a busca de novas metodologias, capacitações constantes, uma formação contínua e de qualidade para todos os profissionais, para juntos superarmos todas as dificuldades existentes não só no interior da escola mas, em toda a comunidade. Portanto, este projeto se justifica por trazer ao educador a possibilidade de ampliar seus conhecimentos teóricos, sua prática pedagógica, auxiliando-o em melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem. O cronograma foi cumprido de acordo com as possibilidades e ao final novos temas foram sugeridos e outros são necessários, de acordo com as avaliações, serem retomados, devido a recorrência e pertinência do assunto. É importante ressaltar que a formadora do CEFAPRO, professora Sara Cristina Gomes Pereira, teve participação efetiva e fundamental na orientação do PSE durante todo o processo de elaboração e execução. 





REFERÊNCIAS BOBLIOGRÁFICAS 

ABRAMOVAY, Mirian. Debate: violência, mediação e convivência na escola. Salto Para O Futuro, Brasília. 2005 
VASCONCELLOS, Celso dos S. Os desafios da indisciplina em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1996. 
SOUSA, Sandra Maria Zákia Lian. Avaliação da Aprendizagem: teoria, legislação e prática no cotidiano de escolas de 1º grau. São Paulo: PUC/SP, 1986. 
ALMEIDA, Fernando José de. Almeida, Maria Elizabeth B. B. Liderança, gestão e tecnologias: para a melhoria na educação do Brasil. São Paulo, 2006. 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:Paz e Terra, 1996. 
HERNÁNDEZ,Fernando. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas,1998. 
STRAUB, Sandra Luiza Wrobel. Estratégias, desafios e perspectivas do uso da informática na educação – Realidade da escola pública. Cáceres-MT: Editora UNEMAT, 2009. 
MORGADO, Maria Aparecida. Da sedução na relação pedagógica. São Paulo: Summus, 2002. 
SILVA, Albina P. de P. O uso educativo da tecnologias da informação e da comunicação: uma pedagogia democrática na escola. UFRGS, 2005.180 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. 
Orientações Curriculares: Concepções para a Educação Básica. Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso. Cuiabá: SEDUC-MT. 2010. 128p. 




ANEXOS 
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dia 12/09/2012 
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Mapa da exposição dos projetos de aprendizagem 
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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Registro GEPLIA 15º Encontro - 2012

Participantes Élidi, Lucineide,Cássia, Kethelley, Luiz Garcia, Sara e Leandra.
Professores do GEPLIA e colegas de outros municípios
Seção Reflexiva
A professora Leandra fala sobre a importância da reflexão coletiva sobre os estudos realizados neste ano de 2012. Quanto aos projetos a professora Leandra fala que soube que nos CEJAS tem sido aprovados Projetos interdisciplinar/transdisciplinar. Professora Cássia fala que seria importante trabalhar um projeto de área de conhecimento na Escola Nossa Senhora de Lourdes. A professor Élidi fala do projeto rádio na escola que poderia ter sido desenvolvido nesta escola.Professora Leandra  fala sobre a importância de ir a escola e ver se a escola se comprometeria a desenvolver um projeto de área na escola ( N. Senhora de Lourdes). A professora Leandra fala que se a escola receber o projeto precisará de um professor da Linguagem para desenvolve-lo. A professora Leandra fala da importância de ir a escola e oferecer uma formação de área de conhecimento. Caso a escola aceite escrever e encaminhar o projeto a SEDUC. Objetivo escrever uma coletânea com as experiências deste trabalho. Professora Sara encaminha orientativo dos Projetos enviados pela SEDUC para os professores.
Professora Leandra entrega as reflexões por escrito para que o grupo leia e reflita. Em seguida serão gravadas as reflexões do grupo.
Tópico guia a partir do ambiente e-proinfo e das discussões a partir dos textos estudados. Questões importantes a considerar:
1- Na atualidade, é necessário que os professores e sua profissão constituam-se foco de discussão.
2- Há uma necessidade das formações inicial e continuada estarem em constante articulação, em um processo contínuo de ação-reflexão-ação.
3-  A FC no lócus de trabalho  favorece a compreensão  dos problemas   que atingem os professores, bem como a busca  coletiva de novas  alternativas para saná-los.
4- O professor é responsável por seu processo de formação, entretanto evidencia-se falta de protagonismo   por parte   dele.
5- O CEFAPRO é um espaço que vem buscando a  construção  da sua identidade enquanto instituição formadora precisa se reconhecer como espaço de FC e formar seus próprios profissionais.
6- O trabalho desenvolvido pelo PSE é um trabalho novo que requer uma nova identidade do professor ( a de professor-formador).
7- É importante que o PSE constitua    uma cultura da escola. Enquanto uma cultura a ser construída os professores precisam se sentir parte nesta construção.
8- Há uma sensação de solidão e cultura  do individualismo nas ações, resquícios de uma formação fragmentada.
9- O desenvolvimento profissional   do professor acontece ao longo da vida.
10- Há uma necessidade de valorização e incorporação de atitude reflexiva, com espírito colaborativo/coletivo e de pesquisa no desenvolvimento profissional, por meio de  comunidades de práticas.
11- Tanto  as questões  gerais sobre educação e formação  docente, bem como as especificidades das áreas/disciplinas fazem  parte da FC.
12- O excesso de atividades, a falta de tempo e/ou sua melhor organização  na escola e a dificuldade  em organizar horários em que todos os profissionais possam participar  interferem no bom andamento da oferta  de formação  bem como em sua qualidade.
13- Os professores formadores são mobilizados a desenvolver as propostas de FC pensadas pela Superintendência de Formação, das  quais nem sempre concordam, mas acabam executando sem refletir.
14- Na rede estadual de ensino Mato-grossense  há espaços específicos (PSE) para os profissionais desenvolverem a FC com    estudos   em grupos, isso   favorece a análise coletiva das práticas pedagógicas.
Professoras formadoras concluem que com os conhecimentos que já temos é o momento de buscar a prática ( formação de área).
Depoimento das professoras evidenciam várias contribuições do estudo do Grupo GEPLIA, evidenciando a necessidade de estudos mais aprofundados sobre a Linguística  Aplicada.
Professora Leandra pergunta se de fato houve avanços no trabalho das formadoras.
Pergunta também o que a SEDUC poderia fazer para contribuir com o crescimento dos profissionais da área?
Professora Leandra diz que nestes nove meses avançamos muito, mais sabemos que há muito que aprender. Fala também que um projeto de área com a escola poderá propiciar testar nossas teorias.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Registro - Ano de trabalho 2012 - Professora Sara Cristina

Ações desenvolvidas pela  professora formadora no  ano de 2012.

Trabalho em Nova Ubiratã
Projeto Sala do Educador.

Responsável
Lucas do Rio Verde.
Escola Estadual Luiz Carlos Ceconello e Escola Estadual Angelo Nadin.
Acompanhante da Professora Élidi na Escola Dom Bosco e da professora Teofanis no CEJA de Lucas do Rio Verde.
Em Sinop
Responsável pela Escola Estadual Édina Dalabetta. Escola Estadualizada  neste ano.
Nas escolas as quais fui responsável participei da avaliação do projeto  da elaboração e desenvolvimento principalmente da escola Estadualizada este ano.

Formações Pontuais

Na escola São Vicente de Paula em Sinop, com o tema Orientações curriculares para área de Linguagem.
Com os profissionais do apoio e técnicos do Cefapro com o tema: Planejamento no Contexto do trabalho desenvolvido no CEFAPRO.
No município de VERA - 2 encontros para reformulação do projeto Sala do educador e do PPP da escola - formadoras Cristhiane, Cássia, Eliane
No município de Nova Ubiratã
1 Formação - Orientações Curriculares para Educação  Básica  a Formação Humana e o Ensino de 9 anos.
2 Formação - Políticas Públicas  o Currículo Organizado por Complexo Temático e o Levantamento Socioantropológico.
Formação com os gestores das escolas Estadualizadas sobre PPP-PDE -  2 encontros. Pauta: Gestão Democrática, Formação Humana, Avaliação Formativa organização do texto no sistema. Ação desenvolvida  junto à coordenadora do CEFAPRO e demais professores que atuam junto as escolas estadualizadas. Professoras Rozilene, ketheley, Sandra.
Formação na escola Renee Menezes grupo de trabalho sobre Reaproveitamento de resíduos sólidos  e Compostagem -  Professoras Sara, Senilde e colaboradora da UFMT (agrônoma Suellen Albertoni) - ação do Projeto Intervenção Ambiental

Participação em Grupos de Estudo - 2
Na área de Linguagem:  aproximadamente a cada 15 dias

GEPLIA Projeto em parceria com a UNEMAT - Estudos sobre a Linguística aplicada e a pesquisa na Formação Continuada.

Intervenção Ambiental - PERMACULTURA junto a escola Renee Menezes. também aproximadamente a cada 15 dias com o grupo e nos encontros em Sala do Educador.
Participação no Sala do Educador do CEFAPRO todas as segundas feiras. Com participação em estudos e registros.

Atuação em Programas

Formação da Olimpíada de Língua Portuguesa ( SEDUC- MEC)

Professora Sara Cristina e Márcia Weber

A formação aconteceu em dois momentos - um com  os Profissionais dos municípios do Polo para multiplicadores profissionais das escolas estaduais e das secretarias municipais.
Segundo momento com todos os professores das redes Estadual e Municipal de Sinop. 3 turmas terça -feira no matutino e vespertino e quarta- feira no noturno.
Total 20 horas cada turma.  Elaboração de um blog para registro de todas as ações da Formação e para interação dos cursistas.

Participação em eventos

Evento Internacional de Educação em Lucas do Rio Verde
Artigo escrito com a escola - Formação continuada no Contexto da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana.

- X Coloquio - Evento da UNEMAT
Apresentação do artigo - Sara e Márcia
Formação Continuada promove re-leitura do trabalho com a Língua Materna a partir das Olimpíadas de Língua Portuguesa. ( A partir da Formação Continuada programa Olimpíada de Língua portuguesa).

As Contribuições da Rádio escolar para o desenvolvimento de Capacidades Linguísticas - Sara Élidi e Arlete  ( experiência a partir da coleta de informações da Escola Dom Bosco - Onde sou acompanhante da Élidi no projeto sala do educador)

ENAED - Evento da UNEMAT

Apresentação do artigo
- As contribuições da Pesquisa Sócio Antropológica na Escola de Formação Humana. Sara e Élidi

Elaboração e participação do Evento organizado pelo CEFAPRO - Formação em Rede Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso.
Oficina - verde como colaboradora. Sara, Adenilse, Ernandes e Kika

Palestra sobre a importância da pesquisa socioantropológica na escola para reorganização do currículo por Complexo Temático ( elaborada por Sara e Lucineide) Desenvolvida por Sara

A partir desta Formação por solicitação das escolas atuação na escola com um grupo  de formadoras Adenilse, Élidi, Ketheley  no desenvolvimento de oficinas para as escolas que solicitaram apoio  no entendimento sobre o levantamento sócioantropológico  e a reorganização do currículo por Complexo Temático - ação nos municípios de Lucas do Rio Verde, Sinop e Nova Ubiratã.( Adenilse em Vera)
Participação na CONEC municipal como colaboradora  durante o evento a pedido dos assessores com o credenciamento e na mesa com a assessora durante a leitura das emendas.

Formação em Cuiabá no ano de 2012.  Uma formação sobre o Complexo Temático.

Artigos importantes publicados, professora Formadora.
Artigos publicados na página da SEDUC

10 de fevereiro de 2011
O que é Progressão Continuada no Contexto da Escola organizada por Ciclos de Formação Humana em Mato Grosso.

25 de fevereiro de 2011
Possibilidades Metodológicas para o trabalho Docente nas Instituições Escolares, Algumas Reflexões.

18 de Junho de 2012
Formação Continuada no Contexto da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana em Mato Grosso.

Apresentado no ENAED UNEMAT

01-11-2012
As Contribuições da pesquisa socioantropológica para a Escola de Formação Humana.

Artigo a ser publicado no Livro Editora da UNEMAT 2012
Capítulo 6 Revista da Faculdade de Educação
Uma reflexão sobre o trabalho com projetos de aprendizagem e suas possibilidades para pensar o Currículo e a interdisciplinaridade.








segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ENAED-2012


O Estado e a Educação Escolar: Os processos de Formação Humana e Social- II ENAED/SINOP

A UNEMAT Curso de Pedagogia em parceria com a Secretaria Municipal de Educação com o CEFAPRO e com o Centro Acadêmico de Pedagogia, realizou no anfiteatro da UNEMAT nos dias 30/10 a01/11 de 2012 o II Encontro Anual de Educação, tendo como palestrantes o Professor Dr. Cesar Aparecido Nunes (UNICAMP) o Dr. Jaime José Zitkoski (UFRGS) a Dra. Maria Elly Genro (UFRGS) e a Dra. Eveline Bertino Algebaile (UERJ), todos os temas tratados dizem respeito as Políticas Públicas atuais e o processo de Humanização. O evento contou com a apresentação de várias pesquisas e artigos relacionados a esta temática.
Neste sentido as professoras Sara Cristina e Élidi Preciliana apresentaram o seguinte artigo.
AS CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA SOCIOANTROPOLÓGICA PARA A ESCOLA DE FORMAÇÃO HUMANA
Formação Continuada e Educação – Comunicação Científica
PEREIRA, Sara Cristina Gomes1
PAVANELLI-ZUBLER, Élidi Preciliana2.
Resumo: este trabalho tem o objetivo de apresentar a concepção de formação humana presente nas Orientações Curriculares do Estado de Mato Grosso onde é apresentada uma proposta de reconstrução do currículo através do complexo temático a partir do levantamento socioantropológico. Abordamos também as transformações que essa concepção propõe no sentido de rever o currículo e reconfigurar a prática pedagógica. Reconhecendo sempre que teoria e prática andam ciclicamente e que todos somos de certa forma responsáveis pela mudança e pelas transformações que almejamos vemos que as contribuições da pesquisa socioantropológica na escola nos propiciará um olhar para a realidade de nossas comunidades escolares. Esta será ponto de partida para reorganização dos currículos escolares a partir dos Complexos proposto por Pistrak, onde cada instituição escolar terá em seu currículo sua identidade bem como suas necessidades formativas contempladas. Sendo assim legitimadas pelos Projetos Políticos Pedagógicos de cada instituição escolar.

Palavras-chave: formação humana, currículo, pesquisa socioantropológica

As novas determinações do mundo social e produtivo, contempladas pela LDB 9394/96 apontam duas linhas epistemológicas que orientam a elaboração das Orientações Curriculares para a Educação Básica no Estado de Mato Grosso (OCEB) a primeira anuncia metas claras e democráticas estabelecidas no sentido de organizar a ação política do Estado em todas as instâncias, particularmente no tocante a investimentos a segunda prevê uma concepção formulada de modo a integrar todos os saberes, articulando formação científica, tecnológica e cultural, com vistas a superar a ruptura historicamente determinada entre uma escola que ensina a pensar através do domínio teórico-metodológico do conhecimento, socialmente produzido e acumulado e uma escola que ensine a fazer através da memorização de procedimentos e do desenvolvimento de habilidades psicofísicas (MATO GROSSO, 2010 p. 15).
É preciso reconhecer então que a escola na atualidade se constitui como espaço em que os filhos dos que vivem do trabalho podem ter acesso ao conhecimento sistematizado, tal como ele foi produzido pela humanidade ao longo dos anos. Assegurar essa possibilidade, mantendo a qualidade da oferta pública da educação para a maioria da população é crucial para que a possibilidade da transformação social seja concretizada. O que está em pauta então é a recriação da escola, que embora não possa resolver as desigualdades sociais poderá, ao dar acesso ao conhecimento à cultura e ao trabalho, ampliar as condições de inclusão social.
No texto das Orientações a escola única proposta para os Ciclos de Formação Humana não deverá ter diferentes formas de organização com diferentes qualidades uma destinada à formação da burguesia outra destinada aos trabalhadores, mas uma mesma concepção teórica metodológica que oriente para o trabalho intelectual e operacional.
Esta concepção de educação faz uma clara contraposição entre a Escola Industrial Fordista/Taylorista e a Escola de Formação Humana, onde outrora o artesão que tinha conhecimento e domínio da totalidade do seu trabalho, autonomia para organizar seus tempos e liberdade para comercializar seus produtos, com a organização taylorista/fordista tinha que ser reduzido a um trabalhador que dominava apenas um fragmento do processo de trabalho sem ter o controle sobre ele e sobre o que produzia e era comercializado pelo capitalista, métodos que por vezes implicavam na ausência de mobilização de energias intelectuais e criativas no desempenho do trabalho, pois a ele cabia apenas memorizar e repetir de forma mecânica os movimentos necessários à produção.
Desta forma o fundamento do trabalho taylorista/fordista constitui-se de fragmentação, posto que da manufatura à fábrica moderna, a divisão capitalista faz com que a atividade intelectual e material, o gozo e o trabalho, a produção e o consumo caibam a indivíduos distintos, tanto as relações sociais e produtivas como a escola ao educar o trabalhador para essa divisão.
Em decorrência, a ciência e o desenvolvimento social que ela gera, ao pertencerem ao capital, aumentando a sua força produtiva, colocam-se em oposição objetiva ao trabalhador. Assim, o conhecimento científico e o saber prático são distribuídos desigualmente contribuindo ainda mais para aumentar a alienação dos trabalhadores.
A escola neste sentido se constituiu historicamente como uma das formas de materialização desta divisão e como espaço por excelência da distribuição desigual e do acesso ao saber teórico divorciado da prática, representação abstrata feita pelo pensamento humano e que corresponde a uma forma peculiar de sistematização do conhecimento elaborado a partir da cultura da classe dominante que, não por coincidência é a classe que detém o poder material e que possui também os instrumentos materiais para a elaboração do conhecimento. Assim a escola fruto da prática fragmentada, passa a expressar e a reproduzir essa fragmentação através de seus conteúdos, métodos e formas de organização e gestão, mediante um projeto pedagógico que tem sido denominado como taylorista/fordista e que de acordo com Kuenzer (2000) deverá dar lugar a escola voltada para a Formação Humana.
Neste sentido Gramsci (1978) propõe como categoria para a compreensão da educação, o trabalho como princípio educativo, mostrando que os projetos pedagógicos se originarão das necessidades do mundo da produção e da existência, o que implica não só no desenvolvimento de capacidades técnicas, mas principalmente de uma concepção de mundo que aceite o trabalho definido como “natural”, e não como necessidade do modo de produção capitalista, para melhor explorar o trabalho, e assim valorizar-se.
Sendo assim na primeira etapa que atualmente correspondente ao Ensino Fundamental, a escola propiciará a aquisição das capacidades básicas necessárias à apropriação da cultura: ler, escrever, calcular, situar-se histórica e geograficamente, bem como o desenvolvimento das primeiras noções de Estado e Sociedade, sob a forma de direitos e deveres (MATO GROSSO, 2010, p. 22). Tudo isso, com a finalidade de iniciar a elaboração de uma nova concepção de mundo que supere as desigualdades sociais.
A educação neste entendimento tem duas ordens de problemas a enfrentar: primeiro a universalização da Educação Básica e segundo a reformulação dos currículos escolares. Portanto, as Orientações Curriculares para o Estado de Mato Grosso vem contribuir com esta segunda questão.
Em decorrência desta transformação a ação educativa deverá proporcionar ao cidadão/trabalhador conhecimentos mais profundos e contextualizados para que o mesmo saiba comunicar-se adequadamente, trabalhar em equipe, avaliar seu próprio trabalho, adaptar-se a situações novas, criar soluções originais e finalmente ser capaz de educar-se permanentemente. Neste sentido as Orientações apresentam a seguinte finalidade para a educação básica:
a finalidade da escola que unifica conhecimento, trabalho e cultura, é a formação de homens desenvolvidos multilateralmente, que articulem à sua capacidade produtiva às capacidades de pensar, de relacionar-se, de desenvolver sua afetividade, de estudar, de governar e de exercer controle sobre os governantes, ou seja: trabalho na perspectiva da práxis humana e não apenas como prática produtiva, mas como uma das ações, materiais e espirituais, que os seres humanos, individual e coletivamente desenvolvem para construir suas condições de existência. (MATO GROSSO, 2010 p. 18)

Desta forma o trabalho como princípio educativo deriva do fato de reconhecer que todos os seres humanos são seres da natureza e, portanto tem como necessidades básicas alimentar-se, proteger-se das intempéries e criar seus meios de vida. Neste contexto podemos perceber a relevância da ciência e da tecnologia, quando tomadas como propulsores de valores na tarefa de melhoria das condições de vida das pessoas.
Neste sentido as Orientações Curriculares para Mato Grosso argumentam, ser necessário desenvolver um percurso educativo em que estejam presentes e articuladas as duas dimensões, a teórica e a prática, isso significa que a proposta político-pedagógica da Educação Básica terá como principal finalidade o domínio intelectual da tecnologia a partir da cultura, contemplando o currículo de forma teórico-prática em seus fundamentos. Essa concepção permitirá ao aluno da educação básica compreender os processos de trabalho em suas múltiplas dimensões científica, tecnológica, cultural e social, como parte das relações sociais.
Sendo assim a Educação Básica terá como princípios científicos gerais, as habilidades tecnológicas básicas e as formas de linguagens próprias. Como a compreensão histórico-crítica da sociedade e das formas de atuação do homem como cidadão e trabalhador, sujeito e objeto da sua história tendo a rigidez de suas ações substituída pela maleabilidade e flexibilidade e o intensivo trabalho coletivo voltado para a formação humana na perspectiva da inclusão social.
Seguindo este pensamento há que se construir um processo educativo que o leve a dominar as diferentes linguagens desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade de usar conhecimentos científicos, tecnológicos, sócio-históricos e culturais para compreender e intervir na vida social e produtiva de forma crítica e criativa, construindo identidades autônomas, intelectual e eticamente capazes de continuar aprendendo ao longo de suas vidas. Torna-se necessário, portanto, discutir a questão do método e como ponto de partida esclarecer que não se trata de discutir apenas procedimentos didáticos ou o uso de diversificados materiais, mas a própria relação que o aluno estabelecerá com o conhecimento em situações planejadas pelo professor ou em outras situações informais (MATO GROSSO, 2010, p.29).
Desse movimento decorre uma concepção metodológica que pode ser compreendida da seguinte forma: o ponto de partida para a construção do conhecimento é sincrético, nebuloso, pouco elaborado, senso comum; o ponto de chegada é uma totalidade concreta, onde o pensamento re-capta e compreende o conteúdo inicialmente separado e isolado do todo neste movimento sendo síntese provisória configurando numa totalidade parcial que será novo ponto de partida para outros conhecimentos onde os significados vão sendo construídos através do deslocamento incessante do pensamento das primeiras e precárias abstrações que constituem o senso comum, para o conhecimento elaborado através da práxis, que resulta não só da articulação entre teoria e prática, entre sujeito e objeto, mas também entre o indivíduo e a sociedade em um dado momento histórico (MATO GROSSO, 2010, p.29).
Lembrando sempre que o ponto de partida para a produção do conhecimento são os homens em sua atividade prática, aqui compreendido como o trabalho, em todas as formas da atividade humana por meio das quais o homem apreende, compreende e transforma as circunstâncias, ao mesmo tempo em que é transformado por elas. Em síntese, o trabalho compreendido como práxis humana, portanto, o eixo sobre o qual será construída a proposta político-pedagógica, que integrará o trabalho, conhecimento e cultura nas escolas se dará através de criteriosa seleção de conteúdos para o desenvolvimento de capacidades e de seu tratamento metodológico diversificado com a finalidade de que os alunos sejam capazes de relacionar os conteúdos das disciplinas com as relações sociais e produtivas que por sua vez constituem sua existência individual e coletiva, construindo assim significados para os mesmos (MATO GROSSO,2010, p.30).
A questão que aqui se apresenta será a de propor situações de aprendizagem que tirem o aluno da inércia e o leve a sentir necessidade de re-elaborar o conhecimento, construindo suas próprias conceituações, mesmo que ainda na superficialidade e depois confrontá-las com outros conhecimentos, até que se construam conhecimentos com a profundidade teórica esperada da escola. Neste pensamento o trabalho pedagógico com princípios interdisciplinar e transdisciplinar substituirá o enfoque disciplinar respondendo assim a diferentes lógicas de aprendizagem. Isso significa que o currículo agora contextualizado com a o seu entorno contemplará uma organização vertical e horizontal composta por disciplinas unidas por um eixo transversal de natureza transdisciplinar que tomará questões que mobilizem o interesse dos alunos. Em consonância com este pensamento as Orientações argumentam que a práxis enquanto processo resultante do contínuo movimento entre teoria e prática, entre pensamento e ação, entre velho e novo, entre sujeito e objeto, entre razão e emoção, entre homem e humanidade, produz conhecimento e por essa razão revoluciona o que está dado, transformando a realidade (MATO GROSSO, 2010, p.33).
Neste sentido a escola de “formação humana” diferente da escola tecnicista, industrial – Taylorista/Fordista significará para um professor que tenha se constituído como educador, mergulhar no mundo dos educandos, perceber que cada um deles é um universo de criatividade, de sensibilidade, de potencialidade, de afetividade e que cada um deles tem uma história, uma identidade e, portanto, um jeito singular de relacionar-se com o mundo, com o novo, com o conhecimento, o que lhe confere necessidades e capacidades cognitivas específicas, às quais o educador deverá responder.
Formação Humana, portanto, é a antítese da repetição. A prática educacional coerente com essas fontes recoloca mais uma vez a questão da democracia. A democracia como método, como caminho de acesso para beber nas fontes do currículo, para estruturá-lo e organizar o ensino. Tal concepção introduz os processos participativos e a práxis concreta do trabalho coletivo de organização do ensino e da construção do conhecimento como atividade essencial da escola (MATO GROSSO, 2010, p.54).
Nessa compreensão Ciclos não prescindem do trabalho coletivo e da democracia como método. E democratizar a escola não é apenas democratizar a gestão elegendo os diretores e os conselhos, embora isto seja muito importante, pensamento em conformidade com Azevedo (2007). A democratização da escola não se realiza sem a democratização do acesso ao conhecimento e sem a realização da aprendizagem de todos os sujeitos aprendizes e compreender que por vezes a escola não é antidemocrática pelo conteúdo que oferece, mas por oferecer diferentes propostas com diferentes qualidades, uma aos trabalhadores intelectuais outra aos operacionais (Gramsci, 1978). A democracia na escola, portanto, terá um sentido pedagógico, não só por tratar de mecanismo de viabilização do acesso ao conhecimento, mas também por ser em si mesma aprendizado de cidadania, da própria prática democrática, da convivência social e coletiva, tendo como fim último garantir a aprendizagem para todos (MATO GROSSO, 2010, p. 52).
Neste sentido desenvolver um movimento na educação com a pretensão de resgatar os princípios da “formação humana” e re-significá-los em face do contexto atual, construindo conceitos e valores identificados com a valorização do ser humano, com uma ordem moral, ética e política, democrática e inclusiva, comprometida com os ideais emancipatórios e com a formação humana constitui-se um desafio aos educadores e a sua concretização implica em intensivo trabalho coletivo dos profissionais da educação que atuam em todas as suas etapas especificidades e modalidades e na implementação de políticas públicas que objetivem a formação humana, na perspectiva da inclusão social (MATO GROSSO, 2010, p. 28).

Orientações Curriculares para Mato Grosso: Bases teóricas
As Orientações Curriculares para o Estado de Mato Grosso tem suas bases teórica nos seguintes autores o Cientista político: Antônio Gramsci, o Educador e filósofo: Paulo Freire, o Psicólogo: Lev Vygotsky, o Filósofo, médico, político e psicólogo: Henri Wallon, o Filósofo epistemólogo: Jean Piaget, o Educador: Moisey Pistrak e o Filósofo e pedagogo: John Dewey dentre outros. O pensamento de Gramsci no documento contribui no sentido de demonstrar as múltiplas formas e possibilidades de organização da educação para adolescentes e jovens o autor no documento referenda a concepção de escola única, ao apontar a necessidade de construir progressivamente a autonomia intelectual e ética nas fases de formação humana defendendo a ideia de que a escola para adolescentes e jovens não se constitui antidemocrática apenas pelo conteúdo que oferece, mas por oferecer diferentes propostas com diferentes qualidades [...] (MATO GROSSO, 2010, p. 12).
Outra base teórica presente no texto das Orientações é Jean Piaget que fundamenta o Ciclo de Formação Humana, a partir das fases de desenvolvimento da criança: “Como primeira consequência dessa opção epistemológica, as Orientações reafirmam os ciclos de formação humana como eixo organizador das práticas pedagógicas no período compreendido entre 6 e 14 anos” (MATO GROSSO, 2010, p. 48).
Temos também as contribuições de Paulo Freire ao estabelecer uma concepção pedagógica onde a produção do conhecimento se dá no processo de transformação da curiosidade ingênua para a curiosidade epistemológica. A curiosidade ingênua é a que caracteriza o senso comum. O desafio do educador é a critização e a superação do senso comum, passando da desrigorosidade para a rigorosidade. Nesse trânsito de superação, o educador deve ter “[...] respeito e estímulo à capacidade criadora do educando, implica no compromisso do educador com a consciência crítica do educando, cuja promoção da ingenuidade não se faz automaticamente” (MATO GROSSO, 2010, p.48).

A concepção de Vygotsky no documento corrobora no sentido de compreender que a cultura fornece aos indivíduos os sistemas simbólicos de representação e suas significações que por sua vez se convertem em organizadores do pensamento, instrumentos aptos para representar a realidade” (MATO GROSSO, 2010, p.26). Em vários momentos, nesta primeira parte do documento há citações de Vygotsky como no tópico - “Aprender nos Ciclos da Vida” onde o autor diz: “A aprendizagem se apoia em processos imaturos, porém em via de maturação e com toda a esfera deste processo está incluída a zona de desenvolvimento proximal, os prazos ótimos de aprendizagem, tanto para o conjunto das crianças como para cada um deles [...]” (MATO GROSSO, 2010, p.46).
Outra contribuição teórica significativa é a de Wallon demonstrando a importância de se considerar aspectos comportamentais e emocionais dos estudantes, (in; Galvão, 1998). Esse reconhecimento se concretiza quando a escola respeita e diagnostica o comportamento dominante em cada etapa do desenvolvimento, estimulando o processo de integração de comportamentos, o que é uma necessidade inerente ao processo de construção da personalidade em cada fase” (MATO GROSSO, 2010, p. 57).
Destaca-se no texto também as contribuições de Pistrak ao contribuir com sua concepção prática e teórica de organização do ensino o autor considera que o objetivo da escola esta na compreensão crítica e dialética da realidade, na qual os temas e fenômenos estudados deverão estar articulados entre si e com a realidade macrossocial e universal. Essa concepção de ensino permite aos educandos não só a apreensão do real, mas também a intervenção consciente no mundo social e cultural do contexto da sociedade a que pertencem. Equivale dizer que o ensino por complexo é produtivo, se fizer a ligação efetiva entre a atividade intelectual na escola, a prática social e a auto-organização fora da escola.

Experiências nas escolas com a reformulação do Currículo por Complexos Temáticos a partir do levantamento socioantropológico
Os estudos sobre a Formação Humana na escola tem evoluído nos últimos anos especialmente no estado de Mato grosso por conta do trabalho com a Organização Curricular por Ciclos de Formação Humana. Estes estudos apontam para o entendimento de que as transformações que deverão ocorrer nas escolas superam mudanças metodológicas, pois apontam para uma transformação e entendimento de uma nova concepção de educação. Neste sentido pede-se uma nova organização curricular, que aqui neste texto apresentaremos como reorganização dos currículos a partir de Complexos partindo do levantamento socioantropológico baseado nos pressupostos teóricos de Pistrak (1981), reorganização esta que deverá acontecer em cada unidade escolar. Além dos estudos sobre Pistrak para este trabalho também nos embasamos em Rocha (1996) que faz uma releitura desta concepção para as escolas municipais de Porto Alegre já com a denominação de Complexos Temáticos. As Orientações apresentam o pensamento do autor da seguinte maneira:
Trata-se de experiência concreta realizada por escolas da rede Pública municipal de Porto Alegre. A investigação socioantropológica é uma entrevista que os professores fazem na comunidade do entorno da escola. Nesta visita, os professores organizam um roteiro de conversas com as famílias procurando registrar as falas que expressam questões concretas que envolvem a comunidade. A sua história, suas lutas, seus ritos e mitos, o circuito de lazer, o tipo de convivência, seu imaginário, enfim seus problemas mais significativos. Em seguida o material apontado é discutido e sistematizado no chamado Complexo Temático. Este é constituído por um núcleo formado pelo fenômeno mais frequente nas falas da comunidade. Em torno do fenômeno principal são colocadas as falas mais significativas e em torno das falas os conceitos a elas relacionados. Construindo assim o Complexo, as diferentes áreas do conhecimento organizam o programa de ensino a partir do fenômeno e das falas, trabalhando os respectivos conteúdos relacionados com os conceitos e com o fenômeno do complexo. Esta prática estimula o trabalho coletivo, a interdisciplinaridade e possibilita que as questões concretas da comunidade apareçam na linguagem e no conteúdo escolar conferindo significados aos processos de aprendizagem. (MATO GROSSO, 2010, p.52)

Neste sentido e seguindo as Orientações Curriculares para a Educação Básica de Mato Grosso o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica CEFAPRO/Sinop sob a Orientação da Secretaria de Estado de Educação organizou e desenvolveu o Seminário com o tema “Formação em Rede Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso” nos dias 27 a 30 de agosto do corrente ano, onde profissionais de 15 municípios que compõe este Polo sendo eles (Cláudia, Colíder, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Itaúba, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Nova Ubiratã, Santa Carmem, Sorriso, União do Sul, Tapurah, Vera, e Sinop) participaram do evento que teve como objetivo principal contribuir com a reconstrução curricular das escolas de modo a considerar as experiências vividas pela/na comunidade escolar, visando o replanejamento do trabalho pedagógico na perspectiva interdisciplinar.
Considerando que desde 2009 a Secretaria de Educação do Estado de Mato Grosso em parceria com os CEFAPROS e com as mais de 700 escolas Estaduais tem buscado através da Formação Continuada estabelecer um diálogo que resultou na construção coletiva deste importante documento onde a dinâmica deste processo envolveu encontros nas escolas, encontros municipais, encontros regionais e por fim encontros Estaduais, resultando de num período de aproximadamente 3 anos sua elaboração e implementação. O Seminário apenas veio consolidar este processo de reflexão/ação sobre a atual concepção de educação básica para este Estado de Mato Grosso, dentre os temas discutidos no evento tivemos:
- O materialismo Histórico Dialético e a Educação
- O Ciclo de Formação Humana e a Sensibilidade do Educador
- Orientações Curriculares de Mato Grosso e a Democratização da Educação
- As ações Pedagógicas Orientadas pelos Eixos Estruturantes
- Repensando o Currículo na organização do trabalho Pedagógico
- Complexo temático como ferramenta organizadora do Currículo
-As Contribuições da pesquisa Socioantropológica na Escola.
Além destes temas foram organizadas sete oficinas com a finalidade de demonstrar aos profissionais de educação básica como poderão ser reorganizados os Currículos nas escolas através do Complexo Temático a partir do levantamento socioantropológico. No último dia do evento foram socializadas pelos cursistas as experiências realizadas nas oficinas e foram feitos também esclarecimentos de alguns aspectos do evento pelos palestrantes. O CEFAPRO/Sinop então ao recolher as avaliações dos cursistas e sistematiza-las pode perceber o grande desafio que será para as escolas reorganizarem seus currículos nesta perspectiva, porém a maioria das avaliações apontou serem estas transformações no fazer pedagógico necessárias, tendo em vista as atuais transformações sociais.
Segundo entendimento dos envolvidos neste processo a insatisfação com a escola e com a sociedade que temos motivará os profissionais da educação a buscar entender esta concepção de homem e de sociedade proposta pelas Orientações Curriculares. Relembrando sempre a luta de Paulo Freire e outros intelectuais pela humanização da educação. Este de fato deve ser o papel da educação, buscar nas contradições e na construção coletiva uma forma diferente de vivenciar a educação e transformar a realidade social que se nos apresenta.
Isto implica no redimensionamento e no reposicionamento do educador que com pequenos gestos e pequenas atitudes, fará surgir um novo fazer transformador e inclusivo. Para tal o diálogo entre as diferentes fontes do conhecimento fortalecerá estas ações, reconhecendo que as angustias dos educadores são salutares pois demonstram a predisposição dos mesmos a mudança. Para os educadores agora é o momento da coragem e da ousadia, para não fazer apenas o trivial mais ampliar os objetivos da escola e a dimensão de suas ações. Reconhecendo sempre que teoria e prática andam ciclicamente. E que todos somos de certa forma responsáveis pela mudança e pelas transformações que almejamos, pois não somos sujeitos prontos e acabados somos incompletos e desaprender ações pedagógicas que já não são adequadas será desde já nossa principal preocupação.
Considerar o que Paulo Freire já disse “ninguém educa ninguém, ninguém se educa sozinho, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo" Freire (1987) esta concepção de educação implica em compreender que educar consiste em definir e buscar a própria identidade apropriando-se de instrumentos para participar na sociedade assumindo um compromisso social, entende-se assim que a educação só se dá pela e na ação daquele que aprende, como sujeito aprendente.
Assim vemos que as contribuições da pesquisa socioantropológica na escola nos propiciarão um olhar para a realidade de nossas comunidades escolares. Esta será ponto de partida para reorganização dos currículos escolares a partir dos Complexos proposto por Pistrak (1981), onde cada instituição escolar terá em seu currículo sua identidade bem como suas necessidades formativas contempladas, sendo estas legitimadas pelos Projetos Políticos Pedagógicos de cada Instituição.
Motivadas pelo seminário as escolas tem solicitado ao CEFAPRO uma reflexão mais aprofundada sobre os temas trabalhados no evento. Desta forma o Centro organizou grupos para apoio aos principais temas discutidos no evento. Um dos temas solicitados para o trabalho na escola foi a construção de um instrumento e metodologias para o levantamento sócio antropológico. Neste sentido um grupo de professoras formadoras tem ido às escolas para construir com eles o significado e o instrumento que melhor represente o levantamento socioantropológico de cada instituição escolar, este trabalho está atualmente em desenvolvimento. Várias escolas tem construído coletivamente este instrumento, com a orientação deste grupo de professoras formadoras do CEFAPRO que elaboraram um Tópico Guia para que cada instituição possa construir o instrumento de coleta de dados de acordo com o interesse e a necessidade do coletivo escolar, bem como escolham a melhor maneira para aplica-lo e sistematiza-lo, afim de que tenham subsídio para reorganizar seus Currículos a partir do Complexo Temático respaldados pelas Orientações Curriculares para o estado de Mato Grosso. Desta forma este processo culminará com a reorganização dos Currículos das Escolas de Educação Básica por Complexo Temático para os próximos anos letivos.


Referências Bibliográficas


AZEVEDO, J. C. Reconversão cultural da escola: mercoescola e escola cidadã. Porto Alegre: Sulina, 2007.
GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
MATO GROSSO. Orientações Curriculares: concepções para a Educação Básica. SEDUC/MT. Cuiabá, 2010.
PISTRAK, M. M. Fundamentos da escola do trabalho. Tradução Daniel Aarão Reis Filho. São Paulo: editora Brasiliense, 1981.
ROCHA, Silvio (Org.). Ciclos de formação: a proposta político-pedagógica da escola cidadã. Cadernos Pedagógicos, n. 9. Porto Alegre: SMED, 1996.
KUENZER, A. Z. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.




1Mestranda INSES, CEFAPRO, cristina.sara.27@hotmail.com

2Especialista, CEFAPRO, elidipavanelli@gmail.com

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Polo CEFAPRO/Sinop tem três Municípios selecionados na Etapa estadual da Olimpíada de Língua Portuguesa - 2012




O CEFAPRO/Sinop parabeniza às escolas professores e alunos dos municípios de Sinop, Santa Helena e União do Sul pelo excelente trabalho realizado com os alunos e que agora tem seus textos selecionados na etapa Estadual são eles:

Categoria Crônicas
Título - A Chácara dos Ipês
Município de Sinop
Escola Estadual Nilza de Oliveira Pipino
Diretora- Cleusa mara Ost
Professora- Maria Aparecida Toledo Andrade
Aluno - Matheus  Dogenski

Categoria Artigo de Opinião

Título - O Celular na Escola Traz benefícios?
Município - Nova Santa Helena
Escola estadual Gracia Edmundo Zeferino
Diretor(a) Zenite Fátima Sur Berleze
Professor(a) Luciney Rosa Sur Romão
Aluno - Rodolfho Rubio Campos

Categoria POEMA

Título - Coisas Mínimas
Município - União do Sul
Escola Municipal de Educação Básica Matilde Altenhofem
Diretora - Wilma Chaquine Bagatini
Professor (a) - Lucimar Paião
Aluno(a) Roselaine dos Santos Theis

Professoras Formadoras da Olimpíada deste Polo- Sara Cristina e Marcia Weber agradecem também aos professores pelo apoio a Formação Continuada/ Olimpíada de Língua Portuguesa- 2012

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Nova Ubiratã - II encontro formativo com o CEFAPRO/Sinop-MT.


ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Professores de Nova Ubiratã  e Professora Sara/CEFAPRO
CENTRO DE FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA CEFAPRO - POLO DE SINOP

Professores: Arlete Tavares Buchardt, Christiane Pavanelli Zubler, IvoneiAndrioni, Reginaldo Viera Costa, Rozilene Costa Batista, Sara Cristina Gomes Pereira
Município: Nova Ubiratã
Data: 09 e 10 de Outubro

Tema: Políticas Públicas do Estado de Mato Grosso:Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso.
Professora Sara -Evento Nova Ubiratã

Objetivo Geral
Contextualizar as Orientações Curriculares como uma Política Pública Educacional do Estado de Mato Grosso para a construção de um comprometimento coletivo com o processo de ensino e aprendizagem.

Objetivos Específicos
* Compreender os pressupostos da formação humana no contexto da Educação Básica do Estado de Mato Grosso.
* Sensibilizar os profissionais da educação para a importância da reflexão sobre o currículo.
* Contextualizar o currículo através da pesquisa socioantropológica.
* Compreender o complexo temático como uma das possibilidades de organização do currículo da unidade escolar.
* Realizar oficinas de planejamento coletivo, sendo dois grupos:
* Alfabetização
* Ciências humanas, Ciências da Natureza e Matemática e Linguagens
Atividades:
09/10/2012
Matutino
8:00-9:20 – Materialismo Histórico Dialético/Formação Humana – Profº IvoneiAndrioni.
9:20-9:40 – Intervalo.
9:40-11:00 – Repensando o Currículo na Organização do trabalho Pedagógico –
Profº Reginaldo Vieira Costa.

Vespertino
13:00-14:00 – O Complexo Temático como Ferramenta Organizadora do Currículo –
Profª Arlete Tavares Buchardt.
14:00-15:00 – Pesquisa Socioantropológica – Profª Sara Cristina G. Pereira.
15:00-15:20 – Debate.
15:20-15:40 – Intervalo
15:40-16:30 – Levantamento socioantropológico por unidade escolar.
16:30-17:00 – Socialização.

Grupo das Áreas do Conhecimento
10/10/2012
Matutino
7:00-7:30 – definição do fenômeno e Campo Conceitual.
7:30-8:00 – Definir objetivo do Complexo.
8:00-11:00 – Caracterização, metodologia e princípio da área.
Planejamento coletivo, sendo dois grupos:
* Alfabetização
* Ciências humanas, Ciências da Natureza e Matemática e Linguagens
Vespertino
13:00-15:00 – Planejamento coletivo.
15:00-15:40 – socialização do fenômeno, campo conceitual, conceito escolhido pela área, caracterização da área, metodologias, planejamento e avaliação.
15:40-16:00 – Avaliação do evento
16:00– Encerramento.
Grupo de Alfabetização
10/10/2012

Matutino e Vespertino
7:00-7:30 – definição do fenômeno e Campo Conceitual.
7:30-8:00 – Definir objetivo do Complexo e caracterizar a área, apresentar , metodologia e princípio da área.

8:00-11:00
13:00-16:00
Divisão dos participantes em dois grupos: Trabalharão 3 horas cada área.
* Linguagem
* Matemática

Linguagem
* Organização do tempo pedagógico e planejamento do ensino.
* Psicogênese da língua escrita.

Matemática
O sistema de numeração e as 4 operações fundamentais utilizando materiais
lúdicos/concretos

Avaliação do evento
16:00 - Encerramento

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Grupo de estudos GEPLIA propicia trabalho interdisciplinar na área de Linguagem

Professoras formadoras do Cefapro Apresentam trabalho interdisciplinar no X Colóquio  nacional da UNEMAT ano de 2012.
O grupo GEPLIA em momentos de estudo no CEFAPRO
 
As contribuições da rádio escolar para o desenvolvimento das capacidades linguísticas

PAVANELLI, Elidi P. CEFAPRO/Sinop
BUCHARDT, Arlete Tavares, CEFAPRO/Sinop
PEREIRA, Sara Cristina Gomes, CEFAPRO/Sinop


Este texto discutirá como a participação de estudantes da educação básica na equipe responsável pela rádio da escola pode potencializar o desenvolvimento das capacidades objetivadas pelas disciplinas da área de linguagem do Ensino Médio. Adotamos a metodologia do Estudo de Caso para a pesquisa, os dados a serem apresentados foram coletados a partir de questionários aplicados em uma oficina de Web Rádio realizada com 15 alunos do Ensino Médio de uma escola pública de Mato Grosso. Esta escola possui uma rádio escolar e para instituir essa rádio criou-se uma equipe de comunicação que é responsável pelos equipamentos, programação e funcionamento, além da rádio a equipe também é responsável por um programa de TV que é transmitido na própria escola. Essa equipe de comunicação é composta em média por 20 alunos e um professor coordenador, a equipe vai se renovando a partir do momento que os alunos concluem o Ensino Médio ou pedem transferência. A fim de fundamentar e proporcionar suporte teórico para as reflexões propostas nos pautamos nas Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso, 2010; nos apontamentos de Marcuschi, 2008 e Soares 2006, considerando os depoimentos dos principais envolvidos nesse processo educacional - os alunos – os quais refletem e analisam sua atuação na equipe de comunicação e descrevem como essa participação está contribuindo para sua aprendizagem nas disciplinas da área de linguagem, comentam sobre as contribuições dos professores e como essa relação de cooperação poderia ser ampliada. Nesta análise também considera-se qual o tipo de interação, socialização e comunicação são realizadas pelos educandos nas redes sociais, bem como os meios utilizados para acesso à internet. As respostas encontradas apontam para um resultado bastante animador no qual os envolvidos demonstram terem se apropriado das capacidades da área de linguagem que contribuem para sua relação com o meio utilizando-se das tecnologias de informação e comunicação resultando em uma aprendizagem mais significativa nas disciplinas de linguagem.
Palavras-chave: linguagem, capacidades, tecnologias de informação e comunicação
Professoras - Rosinda -PUC ,Leandra, Sara e Arlete no X Colóquio/UNEMAT

X Colóquio da UNEMAT - Apresentação dos trabalhos das professoras Formadoras da área de Linguagem

Sara e Marcia e professoras do Polo/Sinop-Mt.

Eixo Temático – 2- Formação de Professores e ensino-aprendizagem de línguas
Formação Continuada promove re-leitura do trabalho com a língua materna a partir das Olimpíadas de Língua Portuguesa.
Autor: Sara Cristina Gomes Pereira
Centro de Formação e Atualização dos profissionais da educação Básica- Sinop/MT
Co-autor: Marcia Weber
Centro de Formação e Atualização dos profissionais da educação Básica- Sinop/MT

Este texto descreve a Formação Continuada implementada pelas professoras formadoras do CEFAPRO Sinop em consonância com a proposta do programa da Olimpíada de Língua Portuguesa-MEC. Programa este que tem por objetivo fortalecer as ações de formação continuada dos professores de Língua Portuguesa da educação básica, visando à melhoria do ensino da leitura e da escrita das escolas públicas brasileiras. O mesmo tem como pressupostos teórico- metodológicos os estudos de Bakhtin (2003) sobre linguagem numa perspectiva enunciativa discursiva bem como as contribuições de Vygotsky (1988) através da abordagem sócio histórica da aprendizagem que leva em conta a importância de se observar as necessidades e possibilidades de aprendizagem do aluno. A Formação Continuada abordada por Nóvoa (2009) prevê a necessidade de aliar teoria –prática, permitindo assim a investigação das ações pedagógicas e neste entendimento a formação foi organizada em duas turmas: uma com os professores de Sinop e outra com os profissionais das escolas estaduais e municipais dos demais municípios que compõe o polo do CEFAPRO-Sinop. As ações desenvolvidas foram de cunho interdisciplinar em conformidade com as Orientações Curriculares de Mato Grosso (2010) (OCs/MT), havendo principalmente a integração das disciplinas de Língua Portuguesa e Arte, embora o trabalho tenha sido desenvolvido a partir de um programa idealizado pelo MEC, houve uma preocupação em abordá-lo a partir das necessidades de nosso contexto e de aliar os objetivos do programa aos das OCs/MT. Segundo os relatórios descritivos reflexivos dos cursistas ficou evidenciado que esta formação proporcionou aos envolvidos a reflexão sobre a prática, a necessidade de estar em constante aprimoramento e o fortalecimento do trabalho cooperativo e coletivo na escola já que o desenvolvimento das oficinas envolveu outras áreas do conhecimento. O trabalho formativo evidenciou também através da temática “O lugar onde Vivo” que a construção do conhecimento parta do local para o global. Percebemos então enquanto professoras formadoras nesta atividade o quanto o trabalho na formação continuada deverá aliar teoria e prática e partir das necessidades formativas do envolvidos, tornando-se assim contextualizada e significativa.
Formação Continuada, Olimpíada de Língua Portuguesa, Linguagem.