Projeto Escola Angelo Nadin


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ESCOLA ESTADUAL ÂNGELO NADIN







PROJETO “SALA DE EDUCADOR”




COORDENADO POR MÁRCIA REGINA PALUDO/ ANTÔNIO HENRIQUE DA SILVA/EDLAMAR VENTURA DE OLIVEIRA


Projeto apresentado ao CEFAPRO/SINOP/MT
para aprovação do curso “sala de Educador”
a ser realizado com os Profissionais da
Educação da Escola Estadual Ângelo
Nadin no ano letivo de 2011-Ensino
Fundamental e Médio


Lucas do Rio Verde
2011

ESCOLA ESTADUAL ÂNGELO NADIN






PROJETO “SALA DE EDUCADOR”




COORDENADO POR MÁRCIA REGINA PALUDO/ANTÔNIO HENRIQUE DA SILVA/EDLAMAR VENTURA DE OLIVEIRA












LUCAS DO RIO VERDE
2011

DA CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Estadual "ANGELO NADIN", com sede no Município de Lucas do Rio Verde, situada à Rua Amor Perfeito, nº 1590, Bairro Bandeirantes II, mantida pelo Governo do Estado de Mato Grosso, SEDUC Secretaria de Estado de Educação, sob acompanhamento da Assessoria Pedagógica de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. Foi criada pelo Decreto Governamental nº 2876/90, publicado no Diário Oficial dia 17 de setembro de 1990, Autorizada pela Resolução nº 273/92, reconhecimento nº 029/03 para funcionamento do Ensino Fundamental, pelo Conselho Estadual de Educação. No ano letivo de 2006 teve inicio a modalidade Ensino Médio Autorização: Resolução CEE/MT nº 401/08 D.O 26/08/2008. Credenciamento: Portaria CEE/MT nº 240/2008 D.O 26/08/2008.
. Neste ano letivo de 2011, atende o I, II, III CICLOS - Ensino Fundamental de 09 anos e atende Ensino Médio.
Caracterização da Instituição:
A Escola Estadual “ Angelo Nadin”, funciona em regime externo nos períodos Matutino, Vespertino e Noturno.
A mesma é constituída de 02 blocos de alvenaria, o primeiro constituída de 01 Secretária, conjugada com atendimento, Direção e Coordenação. 01 sala de Professores, 01 Laboratório de Informática, 01 Laboratório de Ciências, sendo que o Laboratório de Ciências encontra-se desativado por falta de equipamentos, cedendo o espaço para uma sala de aula. O segundo bloco é constituído de 12 salas de aula, com atendimento de 13 turmas no período matutino e 15 no vespertino, sendo que 02 salas de aula estão com atendimento no período vespertino em salas anexas, no período matutino com 01 sala de articulação situada na Rua da Bromélias nº 1423 W - 04 salas de aula no período noturno, sendo que 08 salas ficam ociosas no período noturno. 02 banheiros femininos e 02 banheiros masculinos.
Neste ano de 2011, estudam nesta escola aproximadamente 900 alunos, filhos de agricultores, comerciantes, funcionários públicos, trabalhadores rurais e urbanos. A renda é média baixa, com costumes e valores diferenciados. Também se constituiu uma realidade local: a presença de uma clientela itinerante, ou seja, estudam na escola filhos de pais que vêm trabalhar, mais precisamente na Sadia (empresa local), que com o tempo acabam retornando a suas cidades de origem. O corpo docente e administrativo da escola é composto de 42 professores efetivos e contratados, 01 Diretora, 03 Coordenadores, 01 Professor Articulador, 01 Técnico de Informática, 01 Secretária, 03 Técnicos Administrativos, 03 vigias, 05 Nutrição, 06 Serviços Gerais. Os técnicos efetivos são capacitados na área em que atuam na medida em que a Secretaria de Estado de Educação oferece cursos.

A Escola ministra, em regime anual, seguindo as seguintes etapas:
I_ Ensino Fundamental: 06 a 14 anos. Escola formada por Ciclos de Formação Humana:
Anos iniciais de 06 a 14 anos – duração de 05 anos. Atendendo I,II, III Ciclos.
Nos finais de 11 a 14 anos _ duração de 04 anos. _ III Ciclo.
II_ Ensino Médio. Regular: A matricula do Ensino Médio de 3 anos será destinada aos aluno acima de quinze anos.
Art:_ 3º O Ensino Fundamental tem a duração de nove anos letivos, com no mínimo de 200 dias letivos e 840 horas anuais, conforme determina a legislação vigente.


OBJETIVO GERAL

- Fortalecer a escola como lócus de formação continuada, por meio da organização de grupos de estudos que priorizem o comprometimento do coletivo da escola com a melhoria da qualidade da educação.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Capacitar os profissionais da educação no próprio local de trabalho, a escola, e cuja ação principal está na prática de cada um e da instituição como um todo coletivo;
- Conscientizar os profissionais da educação que eles se constituem em sujeitos do crescimento através da reflexão e investigação da própria prática em sua realidade de trabalho e a partir das necessidades sentidas;
- incentivar a leitura, a escrita e a pesquisa como um processo de aprendizagem a ser levado para a melhoria da prática pedagógica da sala de aula;
- Socializar entre os diferentes grupos da escola os problemas existentes em todos os segmentos, no que diz respeito à toda comunidade escolar, visando solucioná-los através da cooperação de todos;
- Elaborar projetos que centrem a vida escolar e os problemas que nela se apresentam, enfatizando que esses grupos constituídos não se fechem em si mesmos e possam trabalhar de forma interdisciplinar em sala- de- aula;
- Disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática pedagógica;
- Alargar progressivamente a esfera de ação do grupo, construindo na prática e pela prática a cultura coletiva solidária que o mundo globalizado moderno requer;
- Analisar o tema da formação dos profissionais da educação a partir do estudo da prática educativa e docente de contexto social, político, econômico e cultura, diante das transformações do mundo e contexto do aluno e sala de aula;
- Identificar as tendências e movimentos educacional-sociais e culturais que circundam o mundo contemporâneo;
- Construir, através de projetos, mudanças na escola, na vivência de valores éticos, estéticos, no sentido de pertencimento, na diversidade cultural e na inclusão social, na participação democrática e na revisão de concepção do ensinar e do aprender na contemporaneidade.

JUSTIFICATIVA

Todos os profissionais da escola têm o papel de educadores do coletivo. Essa política está subsidiada pela Lei Federal nº 12.014/2009 (art.1º) que considera como profissionais da educação escolar básica três categorias de trabalhadores: os professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; trabalhadores em educação, portadores de cursos técnicos ou superior em área pedagógica ou afim.
Sendo assim, se idealizou a Formação Continuada de Educadores com o nome atual de Sala de Educador sob a regulamentação da Lei Complementar nº 50/1998 (art. 2º) que vem abranger a formação do conjunto de todos os profissionais que atuam na escola.
O projeto Sala de Educador deve proporcionar debates que atendam ao significado do que é ser professor no mundo de hoje. Sendo a concepção da Escola Ângelo Nadin, sociointeracionista de L.S. Vygotsky, a escola, segundo José Carlos Libâneo, exige uma atitude interdisciplinar e uma mudança conceitual no pensamento e na prática docente, pois seus alunos não conseguirão pensar interdisciplinariamente se o professor lhes oferecer um saber fragmentado e descontextualizado. Dessa forma, formar professores com qualidade social e compromisso político de transformação tem se mostrado um grande desafio às pessoas que compreendem a educação como um bem universal, como espaço público, como um direito humano e social na construção da identidade e no exercício da cidadania.
Pretende-se com esse projeto, trazer a baila assuntos polêmicos que estejam em consonância com os temas transversais citados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), também, realizar estudos e debates relacionados às Orientações Curriculares do Mato Grosso, com o objetivo principal de fazer da escola um lócus de formação continuada, por meio da organização de grupos de estudos que priorizem o comprometimento do coletivo da escola com a melhoria da qualidade social da educação.
Nesses encontros, nos quais todos profissionais que integram a escola, devem e podem trazer experiências e assuntos pertinentes à educação que possam enriquecer o cotidiano da sala de aula. Assim se deve informar/reciclar conhecimentos para os profissionais da educação no próprio local de trabalho, a escola, e cuja ação principal está na prática de cada um e da instituição como um todo coletivo. Também, pretende-se conscientizar esses profissionais, que eles se constituem em sujeitos do crescimento através da reflexão e investigação da própria prática em sua realidade de trabalho e a partir das necessidades sentidas.
Ao serem questionados sobre o que se deve estudar na Sala de Educador, a maioria solicitou a leitura (entenda-se leitura por interpretação, debate, ponto de vista crítico sobre determinado assunto que culmine em produção textual), a produção de texto e a pesquisa como um processo de aprendizagem a ser levado para a melhoria da prática pedagógica da sala de aula, pois o professor - não formado na área de Letras - tendo mais conhecimento sobre regras, produções de texto e leitura poderá cobrar mais do aluno e corrigir seus textos de acordo com as regras do português-padrão. Para os outros profissionais da educação, ler, escrever e pesquisar, abre novos horizontes que podem colaborar no relacionamento com os educandos e professores, bem como na maneira de se comunicar com os diversos segmentos da escola. Pois sabemos que quem estuda tem mais facilidade para se expressar.
Outro ponto positivo para esses estudos é a socialização, entre os diferentes grupos da escola, dos problemas existentes em todos os segmentos, no que diz respeito à toda comunidade escolar, visando solucioná-los através da cooperação de todos. Ainda objetiva-se elaborar projetos que centrem a vida escolar e os problemas que nela se apresentam, enfatizando que esses grupos constituídos não se fechem em si mesmos e possam trabalhar de forma interdisciplinar e sala de aula e fora dela, também dentro e/ou fora da escola abrangendo toda a comunidade escolar.
De acordo com Marina Graziela Feldmann (2009), disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática pedagógica; alargar progressivamente a esfera de ação do grupo, construindo na prática e pela prática a cultura coletiva solidária que o mundo globalizado moderno requer; analisar o tema da formação dos profissionais da educação a partir do estudo da prática educativa e docente de contexto social, político, econômico e cultura, diante das transformações do mundo e contexto do aluno e sala de aula; identificar as tendências e movimentos educacional-sociais e culturais que circundam o mundo contemporâneo são e devem ser objetivos a serem alcançados na formação continuada dos profissionais da educação.
Sabe-se que projetos interdisciplinares devem atingir todos os segmentos da escola trazendo mudanças nela e para ela junto aos alunos, pais e afins. Sendo assim, em grupos de estudos semanais torna-se mais fácil a elaboração dos mesmos do que diz respeito à vivência de valores éticos, estéticos, no sentido de pertencimento, na diversidade cultural e na inclusão social, na participação democrática e na revisão de concepção do ensinar e do aprender na contemporaneidade.

METODOLOGIA
Sendo a concepção da Escola Estadual Ângelo Nadin, construtivista (sociointeracionista), - na qual o aluno aprende a agir e problematizar sua ação, sendo que o meio favorece a aprendizagem e no coletivo ele irá conviver e aprender - a aplicação dos conteúdos deve ser de forma em que todos participem da construção do conhecimento, como também da aquisição, para que se possa interagir em todos os segmentos da escola em conjunto com os alunos e comunidade. Então cada profissional da educação passa a ser professor de todos os segmentos da escola. Passa a compartilhar o conhecimento que possui com aqueles que possuem outros conhecimentos, e os outros passam o conhecimento e experiências para os outros e assim sucessivamente. Dessa forma, se socializa o conhecimento individual que passa a ser coletivo.
Esse conhecimento compartilhado por todos será passado através de debates, nos quais se trará, além dos profissionais da educação, pais e alunos para que possam compartilhar suas experiências, ideias e conhecimento de mundo, bem como para que possam dar “palpites” de projetos pertinentes ao contexto escola/comunidade a serem realizados na e pela escola. Realizar-se-á, pelos profissionais da escola, pesquisas de campo, individuais, coletivas na internet, bibliográficas e outros. (A biblioteca da escola possui vasta bibliografia com temas ligados à educação e conteúdos pertinentes ao cotidiano escolar). Essas pesquisas serão socializadas nos estudos da Sala do Educador, sempre com a ideia de coletividade e pensando na sala de aula, ou seja, sempre pensando que o objetivo dos estudos é, e deve, ser a aprendizagem do educando.
Outra forma de estudar, é trazer assuntos pertinentes ao dia-a-dia do professor em sala de aula como leitura de temas interessantes ligados à educação, literatura diversa dentro de vários gêneros que possam servir de ponto de partida para o estudo de temas transversais, sempre encaminhados para a produção de texto individual do profissional da educação.
As pesquisas, as leituras literárias ou de outros tipos de texto, os debates, os projetos e outros assuntos pertinentes citados no cronograma poderão ser expostos por data-show, slides, lousa, apostila, bibliografias, retroprojetor e outros, sempre pensando na coletividade e que cada um será vez ou outra o ministrador do estudo a ser realizado naquele dia, isto é, qualquer profissional da escola poderá ser o professor ministrador da formação daquela semana. Os temas estudados devem ser registrados em cadernos próprios e cada um fará uma pasta (portifólio), na qual armazenará todos as produções solicitadas, após correção das mesmas pelos coordenadores.
Como por exemplo, se a coletividade dos profissionais da escola decidir que no próximo encontro querem uma aula de História, se pedirá aos professores dessa disciplina que preparem o estudo do próximo encontro. Se quiserem uma aula de produção de texto, literatura ou de concordância verbal/nominal, pedir-se-á aos professores de língua Portuguesa que ministrem outra formação e assim sucessivamente, nunca se esquecendo que nosso objetivo é a aprendizagem do aluno e a sala de aula e que esses estudos devem ser pertinentes ao contexto escolar.

AVALIAÇÃO
Findado os trabalhos com a Sala de Educador no final de outubro/2011, chega o momento de fazer uma avaliação dos pontos negativos e dos pontos positivos dos encontros realizados. Fica bem claro aqui que os conteúdos programados no cronograma abaixo não são fixos, pois serão passíveis de mudança de acordo com o encaminhamento da formação continuada dos profissionais da educação, isto é, a avaliação será paralela. Percebendo-se o que não funciona nos encontros e grupos, os conteúdos/temas a serem discutidos poderão ser readaptados às necessidades da coletividade dos estudos e do grupo.
É relevante, não só avaliar os encontros no final, mas também a participação de cada um durante o andamento dos estudos. Essa avaliação se dará através de produções textuais que serão lidas para o grupo e/ou recolhidas para correção sem a intenção de dar uma nota, mas para que cada um se avalie após o olhar de um terceiro sobre a sua produção. Sempre lembrando que quando se escreve, se é escritor, portanto temos leitores para o nosso texto, isto é, deve-se lembrar que alguém lerá ou ouvirá o texto produzido. Outro ponto, no qual a avaliação ocorrerá, será nos debates e na participação de cada um perante o grupo de estudos. O interesse em pesquisar, participar de projetos, trazer novas ideias, também serão avaliados pelo grupo.
Para a avaliação final, far-se-á questionários para os alunos e para cada segmento escolar abrangendo todos os profissionais da educação. Para os alunos, o questionário verificará e avaliará se os estudos e projetos da Sala de Educador foram positivos para a prática didático-pedagógica em sala de aula e se apresentaram resultados satisfatórios de acordo com os objetivos propostos neste projeto “Sala de Educador”. Os questionários para os profissionais da escola avaliarão o que deve ser mudado para o próximo ano letivo e o que deve continuar por ter atingido os objetivos propostos.


BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Maria Isabel Mendes de/EUGENIO, Fernanda. Culturas Jovens: novos mapas do afeto. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
ALMEIDA, Rosângela D. de/PASSINI, Elza Y. O Espaço Geográfico: Ensino: o ensino e representação. 15º ed. São Paulo : Contexto, 2010.
ANTUNES, Irandé. Muito Além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. ed. São Paulo: Parábola editorial, 2007.
BAGNO, Marcos. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação lingüística. 3º ed. São Paulo : Parábola Editorial, 2007.
BICALHO, Roselene Siray/OLIVEIRA, Paulo de. Construindo o conhecimento: ecologia. ed. Belo Horizonte : RHJ, 2009.
CORDI/SANTOS,SCHLESENER,CORREA,VOLPE,LAPORTE,ARAÚJO,RIBEIRO,FLORIANI e JUSTINO (vários autores). Para Filosofar. Ed. Reformada; ed. São Paulo : Scipione, 2007.
DEMO, Pedro. A Educação do Futuro e o Futuro da Educação. ed. Campinas, SP : Autores associados, 2005.
FURTADO, Elsa/CONTANI, L. Miguel. Redação passo a passo: projeto lendo e aprendendo. 4º ed. Londrina, PR: Editora do Projeto, 2005.
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro/MARCHI,Diana Maria. A formação do leitor jovem: temas e gêneros da literatura. ed. Erechim, RS : Edelbra, 2009.
FIGUEIREDO, Vinícius de. Seis filósofos na sala de aula. ed. SVertecchia, 2006.
FELDMANN, Marina Graziela (organizadora). Formação de professores e escola na contemporaneidade. ed. São Paulo : editora Senac São Paulo,2009.
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ESCOLA ESTADUAL ÂNGELO NADIN

PROJETO “SALA DE EDUCADOR”
COORDENADORES:
VERA LÚCIA NOWOTNY DOCKHORN
EDLAMAR VENTURA DE OLIVEIRA


Lucas do Rio Verde
2012

ESCOLA ESTADUAL ÂNGELO NADIN
PROJETO “SALA DE EDUCADOR”
COORDENADORES:
VERA LÚCIA NOWOTNY DOCKHORN
EDLAMAR VENTURA DE OLIVEIRA


Projeto apresentado ao CEFAPRO/SINOP/MT para aprovação do curso “Sala de Educador” a ser realizado com os Profissionais da Educação da Escola Estadual Ângelo Nadin, no ano letivo de 2012-Ensino Fundamental e Médio.




Lucas do Rio Verde
2012
DA CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

A Escola Estadual "ANGELO NADIN", com sede no Município de Lucas do Rio Verde, situada à Rua Amor Perfeito, nº 1590 W, Bairro Bandeirantes II, mantida pelo Governo do Estado de Mato Grosso, SEDUC Secretaria de Estado de Educação, sob acompanhamento da Assessoria Pedagógica de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso. Foi criada pelo Decreto Governamental nº 2876/90, publicado no Diário Oficial dia 17 de setembro de 1990, Autorizada pela Resolução nº 273/92, reconhecimento nº 029/03 para funcionamento do Ensino Fundamental, pelo Conselho Estadual de Educação. No ano letivo de 2006 teve início a modalidade Ensino Médio Autorização: Resolução CEE/MT nº 401/08 D.O 26/08/2008. Credenciamento: Portaria CEE/MT nº 240/2008 D.O 26/08/2008.
. Neste ano letivo de 2012, atende o I, II, III CICLOS - Ensino Fundamental de 09 anos e atende Ensino Médio.

Caracterização da Instituição

A Escola Estadual “Angelo Nadin” funciona em regime externo nos períodos Matutino, Vespertino e Noturno.
A mesma é constituída de 02 blocos de alvenaria, o primeiro constituído de 01 Secretaria, conjugada com atendimento, Direção e Coordenação. 01 sala de Professores, 01 Laboratório de Informática, 01 Laboratório de Ciências, sendo que o Laboratório de Ciências encontra-se desativado por falta de equipamentos, cedendo o espaço para uma sala de aula. O segundo bloco é constituído de 12 salas de aula, com atendimento de 12 turmas no período matutino e 12 no vespertino, 04 salas de aula no período noturno, 02 banheiros femininos e 02 banheiros masculinos, 01 ginásio de esportes e 01 refeitório.
Neste ano de 2012, estudam nesta escola aproximadamente 801 alunos, filhos de agricultores, comerciantes, funcionários públicos, trabalhadores rurais e urbanos. A renda é média baixa, com costumes e valores diferenciados. Também se constituiu uma realidade local e presença de uma clientela itinerante. O corpo docente e administrativo da escola é composto de 34 professores efetivos e contratados, 01 Diretora, 02 Coordenadores, 01 Professor Articulador, 02 Técnicos de Informática, 01 Secretário, 03 Técnicos Administrativos, 03 vigias, 05 manipuladores de alimento (Nutrição), 07 Serviços Gerais. Os técnicos efetivos são capacitados na área em que atuam na medida em que a Secretaria de Estado de Educação oferece cursos.

A Escola ministra, em regime anual, as seguintes etapas:
I_ Ensino Fundamental organizado em Ciclos de Formação Humana atende alunos de 06 a 14 anos. A duração é de 9 anos distribuídos em I, II, III Ciclos.
II_ A matrícula do Ensino Fundamental de nove anos será destinada aos alunos que completarem seis anos de idade até 30 de abril do ano letivo em curso com no mínimo de 200 dias letivos, com 800 a 840 horas anual, conforme determina a legislação vigente.
III_ Ensino Médio: duração 3 anos, com carga horária de no mínimo 200 dias letivos, sendo a carga horária de 800h a 880 horas anual.


OBJETIVO GERAL

  • Fortalecer a escola como lócus de formação continuada, por meio da organização de grupos de estudos que priorizem o comprometimento do coletivo da escola com a melhoria da qualidade da educação.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Capacitar os profissionais do núcleo educacional;
  • Proporcionar momentos para a reflexão e a investigação da prática individual e coletiva entre os diversos segmentos;
  • Promover a leitura, a escrita e a pesquisa em prol de melhorias da prática pedagógica da sala de aula;
  • Compartilhar os desafios existentes em todos os segmentos da comunidade escolar, visando o crescimento através da cooperação;
  • Disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática pedagógica;
  • Fomentar a cultura coletiva solidária que o mundo globalizado moderno requer;
  • Identificar as tendências e movimentos educacionais, sociais e culturais que circundam o mundo contemporâneo;
  • Valorizar a diversidade cultural e a inclusão social, com participação democrática, revendo a concepção contemporânea das relações de ensino e aprendizagem.

JUSTIFICATIVA

Todos os profissionais da escola têm o papel de educadores. Essa política está subsidiada pela Lei Federal nº 12.014/2009 (art.1º) que considera como profissionais da educação escolar básica três categorias de trabalhadores: os professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e no ensino fundamental e médio; trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; trabalhadores em educação, portadores de técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
Sendo assim, a Formação Continuada de Educadores recebeu a nomenclatura de Sala de Educador sob a regulamentação da Lei Complementar nº 50/1998 (art. 2º) que vem abranger a formação do conjunto de professores e todos os profissionais que atuam na escola.
A Sala de Educador deve proporcionar debates que atendam ao significado do que é ser professor no mundo de hoje. Sendo a Escola Ângelo Nadin de concepção sociointeracionista de L.S. Vygotsky, a escola, segundo José Carlos Libâneo, Adeus professor, Adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente.2004, exige uma atitude interdisciplinar e uma mudança conceitual no pensamento e na prática docente, pois seus alunos não conseguirão pensar interdisciplinarmente se o professor lhes oferecer um saber fragmentado e descontextualizado. Dessa forma, formar professores com qualidade social e compromisso político de transformação tem se mostrado um grande desafio às pessoas que compreendem a educação como um bem universal, como espaço público, como um direito humano e social na construção da identidade e no exercício da cidadania.
Pretende-se com a Sala de Educador, trazer a baila assuntos polêmicos que estejam em consonância com os temas transversais citados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1997), com o objetivo principal de fazer da escola um lócus de formação continuada, por meio da organização de grupos de estudos que priorizem o comprometimento do coletivo da escola com a melhoria da qualidade da educação.
Nesses encontros, todos os profissionais que integram a escola, podem e devem trazer experiências e assuntos pertinentes à educação, com o intuito de enriquecer o cotidiano da sala de aula. Assim, se deve capacitar os profissionais da educação, no próprio local de trabalho; baseados na ação principal; em melhorias e qualidade para a prática de cada um e para a instituição.
Outro ponto positivo para esses estudos é a socialização, entre os diferentes grupos da escola, dos problemas existentes em todos os segmentos, no que diz respeito à comunidade escolar, visando solucioná-los através da cooperação e participação efetiva dos seus membros.
De acordo com Marina Graziela Feldmann, Formação de professores e escola na contemporaneidade, 2009 é importante disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática pedagógica; além de uma cultura coletiva solidária, que o mundo globalizado moderno requer. É imprescindível analisar o tema da formação dos profissionais da educação, a partir do estudo da prática educativa e docente, baseados no contexto social, político, econômico e cultural, identificar as tendências e movimentos educacionais, sociais e culturais que circundam o mundo contemporâneo.
Sabe-se que estudos interdisciplinares devem atingir todos os segmentos da escola, trazendo mudanças nela e para ela; junto aos alunos, pais e comunidade. Por meio de grupos de estudos é possível repensar situações que envolvam valores, questões de pertencimento, diversidade e inclusão.

METODOLOGIA
Sendo a concepção da Escola Estadual Ângelo Nadin, sócio-interacionista, com base nas OCs, Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso, 2011, a construção do conhecimento, a formação cidadã se dá mediante a interação ativa, crítica e reflexiva com o meio físico e sociocultural, o desenvolvimento dos temas deve ser de forma em que todos participem da construção do conhecimento, como também da aquisição, para que possam interagir em conjunto com os alunos e comunidade. Então cada profissional da educação passa a ser educador de todos os segmentos da escola. Dessa forma, se socializa o conhecimento individual que passa a ser coletivo.
Esse conhecimento compartilhado será desenvolvido através de debates, nos quais se trará, além dos profissionais da educação, pais e alunos para que possam compartilhar suas experiências, ideias e conhecimento de mundo, bem como para que possam participar de projetos pertinentes ao contexto escola/comunidade a serem realizados na e pela escola. Realizar-se-á, pelos profissionais da escola, pesquisas de campo, individuais, coletivas na internet, bibliográficas e outros. (A biblioteca da escola possui vasta bibliografia com temas ligados à educação e conteúdos pertinentes ao cotidiano escolar). Essas pesquisas serão socializadas na Sala do Educador, sempre visando à coletividade e pensando na sala de aula, ou seja, sempre pensando que o objetivo dos estudos é, e deve ser; o educando.
Outra forma de estudar; é trazer assuntos pertinentes ao dia-a-dia do professor em sala de aula como leitura de temas interessantes ligados à educação, literatura diversa dentro de vários gêneros que possam servir de ponto de partida para o estudo de temas transversais, sempre encaminhados para a produção de texto num caderno de campo específico para a Sala de Educador garantido o registro das atividades realizadas ao longo do ano.
As pesquisas, as leituras literárias ou de outros tipos de texto, os debates, os projetos e outros assuntos pertinentes citados no cronograma poderão ser expostos por data-show, slides, lousa, apostila, bibliografias, retroprojetor e outros; pensando na coletividade, onde cada um poderá atuar como ministrante do estudo - o professor ministrador da formação daquela semana.
Como por exemplo, se a coletividade dos profissionais da escola optarem por um tema específico ou por área de conhecimento, aquele que tiver entendimento no assunto poderá assumir o papel de ministrante do encontro, nunca se esquecendo que nosso objetivo é o aluno e a sala de aula e que esses estudos devem ser pertinentes ao contexto escolar.






CRONOGRAMA

FORMAÇÃO CONTINUADA


MÊS

DATA/CONTEÚDO

DATA/CONTEÚDO

DATA/CONTEÚDO

DATA/CONTEÚDO
MARÇO
06: LEI COMPLEMENTAR Nº 50, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998.

13: LEI COMPLEMENTAR Nº 50, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998 E LEI COMPLEMENTAR Nº 206/04.

20: PCN´s
27: PCN´s
ABRIL
10: ORIENTAÇÕES CURRICULARES
10: ÉTICA NA EDUCAÇÃO

17: INDISCIPLINA

24: TDAH, BIPOLARIDADE E DEMAIS TRANSTORNOS

MAIO
08: TDAH, BIPOLARIDADE E DEMAIS TRANSTORNOS

15: BULLYING

22: ATIVIDADES LÚDICAS

29: TRABALHO EM EQUIPE

JUNHO
05: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

12: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

19: AVALIAÇÃO FORMATIVA

26: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
JULHO
10: ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)

17: SUSTENTABILIDADE



AGOSTO
07: PLANEJAMENTOS E AUTONOMIA DO PROFISSIONAL

14: ELABORAÇÃO DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

21: GÊNERO E DIVERSIDADE
28: GÊNERO E DIVERSIDADE
SETEMBRO
04: SAÚDE DOS PROFISSIONAIS

11: PROJETOS

18: PROJETOS


OUTUBRO
02: PROJETOS

09: PROJETOS


Obs.: * cada data acima se refere a três horas corridas de estudos. Sendo nas terças-feiras, período vespertino, das 13h às 16h e período noturno, das 18h às 21h, perfazendo um total de 81 horas. * Os conteúdos do cronograma são passíveis de mudança conforme o andamento dos estudos e avaliação paralela.


AVALIAÇÃO
A análise do progresso das atividades e desempenho dos profissionais considerará aspectos como o esforço despendido, o contexto particular dos trabalhos e o progresso alcançado pelo grupo. Portanto, o referencial de avaliação dos trabalhos a serem realizados na Sala de Educador é a proposta da avaliação Formativa. Nesse viés, Domingos Fernandes, propõe a possibilidade de nos responsabilizarmos progressivamente pelas nossas aprendizagens e termos oportunidades para partilhar o que e como compreendemos, Para uma teoria da avaliação formativa, 2006.
Os participantes terão um papel mais central, mais destacado e mais autônomo, funcionando a avaliação formativa quase como um processo de auto-avaliação. Assim, é transferida para os profissionais a responsabilidade pelas suas aprendizagens, desenvolvendo-lhes a auto-avaliação, e conseguindo que apreendam as finalidades a atingir (ver Domingos Fernandes, 2006).
Um dos objetivos da avaliação é buscar práticas que levem a uma maior autonomia e compromisso, a um diálogo mais profícuo entre os sujeitos da aprendizagem, a construção do conhecimento de forma mais criativa e menos mecânica. A auto-avaliação será um dos mediadores para alcançar esses objetivos. Ainda que esta prática se faça pouco presente no cotidiano das nossas escolas se quisermos sujeitos autônomos e críticos tal procedimento deve fazer parte dos nossos planejamentos. Os processos de auto-avaliação podem e devem ser individuais e de grupo, pois é necessário uma reflexão sobre os avanços relativos a sua socialização e às suas aprendizagens específicas (embasado em Indagações sobre Currículo: Currículo e Avaliação, 2008).
“Um dos instrumentos que facilita a prática de uma avaliação formativa é o Caderno de Aprendizagem”, Indagações sobre Currículo: Currículo e Avaliação, 2008. O uso de um caderno de registros também denominado Caderno de Aprendizagem, é outro mecanismo de avaliação, no qual se farão registros reflexivos que ao mesmo tempo possibilitarão uma auto-avaliação individual e de grupo como também será uma forma de garantir o registro dos estudos realizados e das discussões feitas, bem como, das dúvidas que ainda permanecem.
Ao longo dos estudos faz-se relevante, ainda, o feedback da auto-avaliação, das discussões referentes aos temas abordados, e o apoio entre pares, para que se possa estar repensando as praticas educativas.
Esclareça-se aqui que os conteúdos programados no cronograma serão passíveis de mudanças de acordo com o encaminhamento da Sala de Educador, dos profissionais da educação, isto é, a avaliação será contínua. Percebendo-se o que não está de acordo nos encontros e grupos, os conteúdos/temas a serem discutidos poderão ser readaptados às necessidades da coletividade dos estudos e do grupo.
REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n.°12.014, de 6 de agosto de 2009, Altera o art. 61 da Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, com a finalidade de discriminar as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 ago 2009. Disponível em: BRASILIA

BRASIL. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/ SEF, 1997a.

FELDMANN, Marina Graziela (organizadora). Formação de professores e escola na contemporaneidade. ed. São Paulo : editora Senac São Paulo,2009.

FERNANDES, Domingos. Para uma teoria da avaliação formativa. Revista Portuguesa de Educação, 2006, 19(2), pp. 21-50. 2006, CIEd - Universidade do Minho.

FERNANDES, Cláudia de Oliveira. FREITAS, Luiz Carlos de Freitas. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, Adeus professora?: novas exigências educacionais e profissão docente. 8º ed. São Paulo: Cortez, 2004.

PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO MATO GROSSO. Lei Complementar Nº206, de 29 de dezembro de 2004 - D.O. 29.12.04. Dispõe sobre alterações na Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998. Art. 2° Parágrafo único.

SECRETARIA DE ESTADO DE ECUCAÇÃO DE MATO GROSSO. Superintendência de Educação Básica Área de Linguagens. Orientações Curriculares para a Educação Básica do Estado de Mato Grosso. Mato Grosso, 2011.

VYGOTSKY, L. S., Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1987.
_______, Obras Escogidas. Madrid: Visor/MEC, 1996.
_______, A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.



ESCOLA ESTADUAL ANGELO NADIN










                    PROJETO FORMAÇÃO DOCENTE ANGELO NADIN:
TODOS JUNTOS PELA EDUCAÇÃO














Lucas do Rio Verde – MT
2017



ESCOLA ESTADUAL ANGELO NADIN










PROJETO FORMAÇÃO DOCENTE ANGELO NADIN:
TODOS JUNTOS PELA EDUCAÇÃO




Projeto apresentado ao Cefapro/Sinop/MT para aprovação do Trabalho de Formação Docente na Escola, a ser realizado com os Profissionais da Escola Estadual Angelo Nadin, no ano letivo de 2017.





Lucas do Rio Verde – MT
2017


1.      IDENTIFICAÇÃO DOS PARTICIPANTES


N.º
PROFESSOR
CPF
D.N.
FORMAÇÃO
DISCIPLINA

01
Adriana A. de Oliveira Peixoto
25446082850
08/08/75
L. PORTUGUESA
ARTES/INGLES

02
Aline Ignês Debolêto Leite
34158625858
04/12/86
QUIMICA
QUIMICA

03
Antonio Henrique da Silva
87915073915
15/07/69
FILOSOFIA
FIL/SOCIOL

04
Claudia Regina Gomes de Souza
71108548920
29/08/72
PEDAGOGIA
GLOBALIZADA

05
Christine Rigo
00154505030
22/06/82
L. PORTUGUESA
GESTANTE

06
Carlos Eduardo G. Proni
30364295813
07/03/82
MATEMATICA
MATEMATICA

07
Dafne Bernal de Carvalho
02465344196
05/05/88
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

08
Danielli Petermann Barbieri
04526777935
21/07/83
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

09
Dilene Carlot Schio
57404097053
18/07/62
PEDAGOGIA
GLOBALIZADA

10
Dayanna Alves
03351250185
05/12/92
BIOLOGIA
QUIMICA/FISICA

11
Edlamar Ventura de Oliveira
06983829867
17/07/67
ED. FISICA
ED. FISICA

12
Edna Aparecida de A. Tobar
74993178972
25/08/69
MATEMATICA
MATEMATICA

13
Eduardo Ferreira Lima
02068394995
06/08/71
MATEMATICA
MATEMATICA

14
Ellen Montinelli
00233972170
26/01/86
FISICA
FISICA

15
Fernando Zilio
02299336966
10/02/78
MATEMATICA
MATEMATICA

16
Gleuber Iran da Silva
64366650991
05/04/71
FILOSOFIA
FILOSOFIA

17
Iderlene Furtado
44222190225
05/04/73
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

18
Iracema Parizotto Segat
78042291949
23/03/66
PEDAGOGIA
ARTICULAÇÃO

19
Ivan Gonçalves dos Santos
94826102100
06/07/80
ED. FISICA
ED. FISICA

20
Janaina Coura Ferreira Mazer
03806972621
19/08/79
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

21
Jefferson Batistella
71368612172
22/05/84
BIOLOGIA
BIOLOGIA/CIÊN.

22
Josylma Oliveira Santos
70120099187
25/03/80
L. PORTUGUESA
PORT./ESP.

23
Jessica Cristina Ribeiro da S. Severo
04640699123
21/06/92
ED. FISICA
ED. FISICA

24
Karoline Nunes Cavalheri
05244612956
14/02/85
ED. FISICA
COORD. SOCIO

25
Laisa Michele Raabe
93793197034
09/10/76
HISTÓRIA
HISTÓRIA

26
Leticia da Silva Giroldo
03286594954
03/02/76
MATEMATICA
MATEMATICA

27
Lilian Beatriz Forster
94528403072
16/10/71
ARTES
ARTES

28
Marcelo Hoffmann
04897562988
19/02/86
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA

29
Márcia Regina Suptitz
53419014953
28/05/65
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

30
Margarida O. Garcia
85607835120
06/07/76
L. PORTUGUESA
INGLÊS

31
Mari Denise Alves
05168959156
21/03/95
PEDAGOGIA
GEOGRAFIA

32
Maria J. Ramon dos Santos
24606492821
10/01/63
INGLES
INGLES

33
Marizete Von Dentz
02258666929
26/11/77
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA

34
Marta Luciane Kaiper Ardenghi Brizolla
67856233087
07/09/73
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

35
Maria Cecilia da Silva Lira
05823802439
11/07/83
PEDAGOGIA
GLOBALIZADA

36
Naara Gomes  de Sousa
07764551929
17/03/94
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA

37
Nadir Jardim Santana
65928156200
10/04/80
L. PORTUGUESA
L. PORTUGUESA

38
Nina Gaioski
00508680980
05/01/76
FILOSOFIA
FIL/SOCIOL.

39
Patricia do Nascimento
46590170100
10/03/70
PEDAGOGIA
ENS. RELIGIOSO

40
Patricia Aparecida Kriger da Rocha
59941740259
30/04/79
ED. FISICA
ED. FISICA

41
Renata Vanusa Crespim da Rosa
34638449824
06/04/85
PEDAGOGIA
GLOBALIZADA

42
Sandra Maria Peres Kiihl
07092560942
17/10/89
BIOLOGIA
QUIMICA

43
Sandra Regina N. Martins Tarso
73923230915
09/01/69
HISTÓRIA
HISTÓRIA

44
Sandra Terezinha L. Dal Bosco
01783936908
03/08/75
CIÊNCIAS BIOL.
CIÊNCIAS

45
Silvana Patrocinia de Lima Rossatti
78794919100
09/07/76
BIOLOGIA
GLOBALIZADA

46
Tatiani de Jesus
04117924907
11/05/83
CIÊNCIAS BIOL.
BIOLOGIA

47
Vagner Michael Cavalheri
00768857988
01/02/83
CIÊNCIAS BIOL.
CIÊNCIAS

48
Valdecir Pereira de Lima
02689470152
26/07/89
BIOLOGIA
CIENCIAS NAT.

49
Vandenaldo C. da Gama
81948689987
04/01/71
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA

50
Vera Lucia N. Dockhorn
04166845993
21/07/78
HISTÓRIA
HISTÓRIA







2.      INTRODUÇÃO

2.1.IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Com sede no Município de Lucas do Rio Verde, no Estado do Mato Grosso, a Escola Estadual Angelo Nadin está situada à Rua Amor Perfeito, 1590 W, Bairro Bandeirantes II. Mantida pelo Governo do Estado de Mato Grosso, SEDUC - Secretaria de Estado de Educação, sob o acompanhamento da Assessoria Pedagógica de Lucas do Rio Verde.
A Escola Estadual Angelo Nadin foi criada pelo Decreto Governamental 2876/90, publicado no Diário Oficial, do dia 17 de setembro de 1990, autorizada pela Resolução 273/92, Reconhecimento 029/03 para funcionamento do Ensino Fundamental, pelo Conselho Estadual de Educação. Em 2006, a escola iniciou os trabalhos com a modalidade do Ensino Médio, sob Autorização: Resolução CEE/MT 401/08 D.O 26/08/2008. Credenciamento: Portaria CEE/MT 240/2008 D.O 26/08/2008. Em 2015, aderiu ao PROEMI – Programa Ensino Médio Inovador, instituído pela Portaria nº 971, de 09 de outubro de 2009.
A escola possui dois blocos de alvenaria, o primeiro constituído de 01 Secretaria, conjugada com sala de Direção. Uma sala de Professores, 01 sala para o laboratório de Informática (atualmente utilizada como articulação, pela falta de computadores), e 01 biblioteca escolar. O segundo bloco é constituído de 11 salas de aula, 01 sala para a coordenação escolar, 02 banheiros femininos e 02 banheiros masculinos.
Atualmente, a escola funciona nos períodos Matutino, Vespertino e Noturno, atende 11 turmas no período matutino e 11 turmas no período vespertino; no período noturno encontra-se com 03 turmas. Um terceiro bloco constitui-se de 01 refeitório e 01 ginásio de esportes. Estudam nesta escola aproximadamente 900 alunos, em sua grande maioria, filhos de agricultores, comerciantes, funcionários públicos, trabalhadores rurais e urbanos.
Lucas do Rio Verde, cada vez mais, atrai pessoas de vários estados, que vêm em busca de novas oportunidades, emprego e de uma vida melhor. Assim, a escola Angelo Nadin, já há algum tempo, vem trabalhando com uma clientela itinerante; cujas famílias trazem costumes e valores diversificados para o âmbito escolar.
O corpo docente e administrativo da escola é composto, atualmente, por 46 professores (efetivos e/ou contratados), 01 gestor, 02 Coordenadores Pedagógicos, 01 Coordenador do Ensino Médio Inovador, 01 Técnico de Biblioteca, 01 Secretário, 03 Técnicos Administrativos, 03 vigias, 05 profissionais da área de Nutrição e 07 profissionais de Apoio - AAE - Apoio Administrativo Educacional.
A Escola ministra, em regime anual, as seguintes etapas: a) Ensino Fundamental organizado em Ciclos de Formação Humana; atende alunos de 10 a 14 anos. Distribuídos em II e III Ciclos; b) Ensino Médio Inovador: com duração de 03 anos, com no mínimo 200 dias letivos, sendo a carga horária de 1.000 horas anuais.


2.2.JUSTIFICATIVA
           
A formação docente na escola é ímpar para o desenvolvimento e aprimoramento do trabalho pedagógico. Seu caráter contínuo, coletivo, centrado na escola e em seus profissionais, é contemplado por Candau (1996, pg. 142-143), que reforça a escola como “local privilegiado para a formação docente”, uma vem que neste, “o professor aprende, desaprende, reestrutura o aprendizado, faz descobertas e (...) vai aprimorando a sua formação”.
            A formação contínua deve proporcionar debates e reflexões que atendam ao significado do que é ser educador no contexto atual. Desta forma, pretende-se que os estudos tomem como referência Programas Federais de Formação, articulando teoria e prática, e objetivando consolidar uma educação de qualidade social e transformadora. Contribuindo para a formação de profissionais com compromisso político de transformação que compreendem a educação como um bem universal, como espaço público, como um direito humano e igualitário na construção da identidade e no exercício da cidadania.
Por ser a educação uma construção plural, compreendem-se estes momentos formativos na perspectiva de promover encontros, a socialização entre os docentes e seu crescimento, para atender e superar os desafios existentes neste contexto, visando por meio da cooperação e participação efetiva dos seus membros, buscar meios para construir um ambiente colaborativo, com a participação do coletivo, transformadores do espaço escolar, promotores de novas parcerias e interações de todos e para todos. Segundo Oliveira-Formosinho (2009, pg. 226), a formação: “é um processo contínuo de melhoria das práticas docentes, centrado no professor, ou num grupo de professores em interação, incluindo momentos formais e não formais”.
            Destacam-se nesta proposta, estudos fundamentados em Marcelo (1999) e Day (2001) que abordam sobre o “desenvolvimento profissional”. Nóvoa (1991) que traz a formação como “reflexão na prática e sobre a prática”; e o método de “investigação-ação”. No tocante à pesquisa-ação de investigação-ação, consideram-se os aportes de Abdalla (2006), que explica a importância da “pesquisa-ação na análise do trabalho docente”; desde as pesquisas sobre os sujeitos envolvidos (atores do processo), suas práticas (racionais e espontâneas), e a posterior ação proveniente da pesquisa.
            Considerando os apontamentos das formações anteriores, e para o atendimento das necessidades diagnosticadas, com foco no Projeto Político Pedagógico da escola, e nos seus respectivos marcos; este ano de 2017, a formação docente visa rever as práticas educativas, principalmente olhar e problematizar as avaliações internas e externas; refletir sobre o planejamento, as concepções e reestruturas necessárias do currículo escolar para contemplar as demandas. Além desses indicadores, diagnósticos realizados na prática educativa pelos educadores da escola, com o fim de melhorar a aprendizagem dos estudantes e garantir a qualidade do ensino e aprendizagem.
Mesmo que as avaliações externas avaliem de uma maneira genérica a aprendizagem, esses resultados devem ser problematizados no espaço de formação. As avaliações internas mostram dados da própria escola, portanto esses indicadores possibilitam um olhar para a escola, especialmente em relação à aprendizagem dos estudantes, revela a situação turma por turma, pode-se ainda fazer um diagnóstico por turmas para reconhecer a situação da aprendizagem dos estudantes, para que no coletivo da escola, se possam identificar as fragilidades, reflexões a partir dos sistemas avaliativos; e principalmente agir e intervir para a solução dos problemas.
Os temas abordados serão uma somatória de diversas e plurais forças da unidade escolar, apontadas desde a formação do ano anterior. Os educadores são também corresponsáveis pela escolha e pertinência dos temas para estudos, uma vez que os mesmos são atores fundamentais neste processo. Tardif, Lessard e Lahaye (1991), e Candau (1996, pg. 145) trazem considerações sobre este “saber docente plural”, da importância da “valorização da experiência do professor”. Sabe-se evidentemente que a escola é uma construção que se consolida e efetiva quando interativa e coletiva. Todos são fundamentais para superarmos os desafios da educação na atualidade. A importância desta participação na construção do projeto de formação docente na escola, bem como em todos os passos de seu desenvolvimento é a justificativa mais plausível para garantir uma transformação efetiva no ensino e na aprendizagem, a partir da articulação entre teoria e prática, e da reflexão constante sobre esta prática, em prol da qualidade da educação que se faz, se pensa e se realiza na unidade escolar.


  1. OBJETIVOS

3.1.GERAL

·         Fortalecer a escola como um espaço permanente e democrático de diálogo, de formação continuada, de construção coletiva do conhecimento, e práticas diversificadas que favorecerão a aprendizagem dos alunos; a partir de ações compartilhadas com a comunidade escolar e dos estudos coletivos que priorizem o comprometimento e a responsabilidade de todos em prol de avanços nos índices de proficiência dos alunos e para a qualidade social da educação.


3.2.ESPECÍFICOS

·         Contribuir para a formação continuada dos docentes, e seu desenvolvimento profissional, de acordo com sua área de atuação;
·         Possibilitar aos profissionais encontros por área de conhecimentos e de atuação, para planejar coletivamente ações que virão fortalecer a prática educativa em geral;
·         Problematizar situações pontuais de maneira coletiva, para diagnosticar, compreender e fazer intervenções na prática educativa, por meio de instrumentos produzidos pela equipe docente e coordenação pedagógica, de acordo com a modalidade/área/componente curricular, tendo como parâmetro as capacidades previstas nos documentos oficiais e também das proficiências das avaliações externas;
·         Estudar sobre o planejamento por área do conhecimento e respectivos componentes curriculares, partindo dos indicadores de proficiências dos estudantes;
  • Fomentar o diálogo, a participação democrática e o protagonismo dos docentes da escola, com ações diferenciadas de estudos que promovam a construção coletiva do conhecimento e avanços na qualidade social da educação;
·         Proporcionar momentos para a reflexão da prática realizada, para o aprimoramento e a transformação;
·         Compartilhar os desafios existentes na comunidade escolar, visando o crescimento através da cooperação;
·         Disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática pedagógica alicerçada na coletividade e na união de forças;
·         Compreender a diversidade cultural e a inclusão social, revendo a concepção contemporânea das relações de ensino e aprendizagem;




  1. REFERENCIAL TEÓRICO

            A Escola Estadual Angelo Nadin, ao procurar contemplar a concepção sóciointeracionista de Vygotsky; e, inspirada pelos pressupostos de José Carlos Libâneo, no texto “Adeus professor, Adeus professora: Novas exigências educacionais e profissão docente” compreende que, atualmente e cada vez mais se exige uma atitude e prática interdisciplinar, além de uma mudança conceitual no pensamento docente, pois os estudantes não conseguirão pensar interdisciplinarmente se o professor lhes oferecer um saber fragmentado e descontextualizado. Em acordo com as Concepções para a Educação Básica:

(...) as disciplinas tradicionais não abrigam os fenômenos da vida cotidiana, posto que a ciência contemporânea rompe as barreiras historicamente construídas entre os diferentes campos do conhecimento, superando os limites estreitos das especializações, construindo novas áreas a partir da integração de objetos na vida social e produtiva. (MATO GROSSO, 2012, p.35). 

            Afinal, para atingir esse objetivo é necessário que a escola se torne lócus de formação continuada, por meio da organização coletiva e interdisciplinar de grupos de estudos que priorizem o comprometimento do coletivo da escola com a melhoria da qualidade da educação. Ou seja, possibilitar um momento de encontro torna-se fundamental na conjuntura atual, em prol da concretização de uma educação efetivamente interdisciplinar.
Planejar as atividades faz parte do cotidiano dos educadores, pois é primordial para obter bons resultados. Entretanto, o grande desafio é realizar um planejamento coletivo, para que os profissionais possam, em conjunto, traçar as metas e atividades a serem trabalhadas.
            Feldmann (2009) afirma que é importante disseminar ideias e experiências individuais para que o grupo se fortaleça na prática coletiva pedagógica, além de uma cultura coletiva solidária, que o mundo globalizado moderno requer. É imprescindível analisar o tema da formação dos profissionais da educação, a partir do estudo da prática educativa e docente, baseados no contexto social, político, econômico e cultural, identificar as tendências e movimentos educacionais, sociais e culturais que circundam o mundo contemporâneo.
Sabe-se que estudos interdisciplinares devem atingir todos os segmentos da escola, trazendo mudanças nela e para ela; junto aos alunos, pais e comunidade. Por meio de grupos de estudos é possível repensar situações que envolvam valores, questões de pertencimento, diversidade e inclusão.
Entre os diversos temas previstos em cronograma, sugerem-se estudos que visem dar esclarecimentos e discernimento no que diz respeito ao importante papel desempenhado por todos os membros dentro do contexto escolar; principalmente no tocante à Gestão Democrática. Vale lembrar a fala de Aída Maria Monteiro Silvia que trata das instituições públicas, ressaltando que muitas das escolas:

(...) são estruturadas com base em modelos de organização privada, patrimonialista, com características de gerenciamento autoritário, de mando e desrespeito, cuja prevalência não tem sido do atendimento ao público, no sentido do bem coletivo, e a escola também reproduz este modelo.  (SILVIA, 1997, p.257).

            Percebe-se, portanto, o quanto é importante realizar estudos visando fortalecer essa gestão democrática e seu papel diante do ensino público e de qualidade, uma vez que esta intervém diretamente nas relações da instituição com todos os seus usuários. Tais estudos visam fortalecer a equipe em geral, para conduzir e garantir o protagonismo dos diversos segmentos nesse processo, assim como, constituir grupos responsáveis, cientes da importância do papel de todos os envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem, contribuindo com a qualidade social da educação.
As Orientações Curriculares do Estado de Mato são referências para as ações educativas no contexto escolar, possibilitam o planejamento coletivo por área do conhecimento, sendo, portanto, o foco das ações neste ano também. Vale mencionar autores que dialogam com a política pública da formação no Estado de Mato Grosso, por exemplo, Nóvoa (2009, p. 19) que destaca aspectos importantes para a formação de professores, desde o “estudo dos casos de insucesso escolar”, como também da “análise coletiva das práticas pedagógicas; obstinação e persistência profissional para responder às necessidades e anseios dos alunos e; compromisso social e vontade de mudança”. De acordo com esse autor:

(...) É essencial reforçar dispositivos e práticas de formação de professores baseadas numa investigação que tenha como problemática a ação docente e o trabalho escolar. (...) as nossas propostas teóricas só fazem sentido se forem construídas dentro da profissão, se forem apropriadas a partir de uma reflexão dos professores sobre o seu próprio trabalho. Enquanto forem apenas injunções do exterior, serão bem pobres as mudanças que terão lugar no interior do campo profissional docente.
    

Para Nóvoa (2009, p. 41), “a formação de professores deve valorizar o trabalho em equipe e o exercício coletivo da profissão, reforçando a importância dos projetos educativos de escola”. Nesse sentido, em sua obra “Professores Imagens do Futuro Presente”, menciona acerca da transposição didática:

Nos últimos vinte anos, vulgarizou-se o conceito de transposição didática, trabalhado por Yves Chevallard (1985), para explicar a ação docente. Posteriormente, Philippe Perrenoud (1998) avançou o conceito de transposição pragmática para sublinhar a importância da mobilização prática dos saberes em situações inesperadas e imprevisíveis. Pessoalmente, prefiro falar em transformação deliberativa, na medida em que o trabalho docente não se traduz numa mera transposição, pois supõe uma transformação dos saberes, e obriga a uma deliberação, isto é, a uma resposta a dilemas pessoais, sociais e culturais (NÓVOA, 2009, p. 35).
           
Tal afirmação revela que o autor defende um esforço de reelaboração visando uma “transformação deliberativa”, assim, para que o docente possa chegar a esse tipo de transformação da prática: “É preciso sublinhar que a ação pedagógica implica que o professor tome, diariamente, centenas de decisões. O trabalho docente não se traduz numa aplicação mecânica de conhecimentos, mas antes na transformação do conhecimento em ensino e aprendizagem” (SANTOS et all., 2012).
Nesta jornada de crescimento e desenvolvimento profissional contínua; e da escola como espaço ideal de estudos coletivos, contemplam-se as premissas de Candau (1996), Marcelo (1999) e Day (2001); da importância da reflexão sobre, e para a prática, inspira-se em Oliveira-Formosinho (2009) e Nóvoa (1991). Esta formação docente toma como referência Abdalla (2006), acerca do método orientador dos trabalhos e estudos, na perspectiva da pesquisa-ação de investigação-ação. Em Tardif, Lessard e Lahaye (1991), para garantir o desenvolvimento das ações nas dimensões da valorização da pluralidade dos saberes docentes.



5.      PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A Escola Estadual Angelo Nadin, com vistas a contemplar toda a comunidade docente, organizará dois momentos para os encontros (terças-feiras no período noturno e quintas-feiras no período vespertino). A metodologia firma-se em caráter sóciointeracionista, em constante crescimento e aperfeiçoamento, a partir das novas relações e interações que se apresentam na escola e concomitantemente guiada pelas orientações curriculares pertinentes; pretende, a partir desta proposta de formação docente, promover e fomentar cada vez mais a construção coletiva do conhecimento, a formação cidadã que se mediante novas possibilidades de interação; ativa, crítica e reflexiva de/e para todos os membros da escola, como sujeitos protagonistas, agentes de conhecimento e transformação dentro da escola.
Desta forma, cada profissional da educação passa a ser educador em todos os segmentos da escola. Ao socializar o conhecimento individual, transportando-o para o coletivo, as possibilidades de crescimento deste espaço se potencializam e democratizam. Assim, o conhecimento compartilhado será fomentado, discutido e repensado também a partir de debates abertos e palestras pertinentes aos estudos realizados pelos docentes e suas necessidades pontuais de formação, nos quais se poderá contribuir para o desenvolvimento de diversos temas em todas as dimensões do conhecimento. É importante que todo o grupo escolar possa compartilhar suas vivências, ideias e conhecimentos, assim como, inserirem-se ou sugerir temas, e ainda projetos pertinentes ao contexto escola/comunidade que se apresenta.
Outra forma de compartilhar; é trazer assuntos inerentes ao dia a dia de todos os membros da escola, com pesquisas de temas pertinentes à educação, literatura diversa dentro de vários gêneros que possam servir de ponto de partida para o estudo de temas transversais, sempre encaminhados para a produção em um caderno de campo específico para a formação, garantindo o registro das atividades realizadas ao longo do ano.
Os registros no caderno do Projeto serão realizados pelos próprios participantes, nos encontros, por um representante de cada grupo, ficando assim confirmada a responsabilidade de um profissional realizar o registro, a cada novo encontro, e também assegurando a participação de todos.
As pesquisas, as leituras literárias ou informativas, os debates, os projetos e outros estudos citados no cronograma poderão ser expostos utilizando recursos tecnológicos diversos, primando pela inclusão digital em suas apresentações, proporcionando momentos enriquecedores para o desenvolvimento intelectual e crescimento profissional.
As Orientações Curriculares para a Educação Básica no Estado de Mato Grosso sugerem projetos transdisciplinares e que estes se originem:

(...) em questões da prática que sejam relevantes a comunidade e sempre que possível culminarem com uma atividade de intervenção na realidade, de modo a articular ciência e política na perspectiva da construção da ética, da solidariedade e do compromisso com a transformação da sociedade. (MATO GROSSO, 2012 p.38).

Nessa perspectiva, entende-se que uma necessidade de planejar coletivamente as ações que virão a atender essa proposta. Os encontros de Planejamento Coletivo por Área de Conhecimento tornam-se fundamentais para assegurar a implantação da proposta das Orientações Curriculares, pois:
 (...) o trabalho pedagógico possui uma natureza (sempre) coletiva. Essa afirmação se sustenta no pressuposto de que todas as ações na escola, ainda que decididas e executadas individualmente, convergem para um mesmo alvo: a formação do aluno. Por exemplo, cada ação individual, de cada professor isoladamente, é apropriada pelo educando formando um conjunto de ideias, valores, conhecimentos, etc... que, no decorrer do processo educativo, compõem o objeto de sua formação. É evidente que a ausência de um planejamento coletivo dessas ações resulta, muitas vezes, em práticas desordenadas, desconexas ou mesmo conflitantes. Por essa razão, impõe-se o imperativo de que pensar e fazer planejamento em educação pressupõe a organização do trabalho de forma coletiva. (Planejamento e Trabalho Coletivo 2005, p.17).








  1. CRONOGRAMA

CALENDÁRIO DO PROJETO DE FORMAÇÃO DOCENTE NA ESCOLA
           
DATA
AÇÃO
Março
Divulgação do Orientativo para o Projeto 2017
Março
Elaboração do Projeto de Formação Docente
Março/Abril
Envio do Projeto ao Cefapro
Abril/Maio
Início do Projeto na unidade escolar
Outubro
Término do Projeto
Novembro (1ª quinzena)
Envio dos certificados ao Cefapro (chancelamento)
Novembro (2ª quinzena)
Devolução dos certificados para a escola

CRONOGRAMA DE AÇÕES DO PROJETO DE FORMAÇÃO DOCENTE NA ESCOLA

Conforme cronograma exposto abaixo, o projeto terá uma carga horária total de 80 horas, divididas em 04 temas geradores de 20 horas cada.

DATA
TEMA 1
CH
MEDIAÇÃO
MAIO
JUNHO
2017
Estudo da temática: O CENÁRIO DA PROFISSÃO DOCENTE;
MARCOS LEGAIS DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES;
MODALIDADES ESPECIAIS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES;
A FORMAÇÃO CONTINUADA EM QUESTÃO;
20
COORDENAÇÃO
02/05
09/05
Discussão, nos agrupamentos, sobre como será feita a apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

16/05
30/05
Socialização, nos grupos, da apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

06/06
13/06
Socialização, nos grupos, dos resultados obtidos com a aplicação do plano de ensino em sala de aula;
5h

20/06
27/06
Avaliação do processo de formação desenvolvido a partir da temática, com elaboração de registro coletivo;
5h


DATA
TEMA 2
CH
MEDIAÇÃO
JULHO
AGOSTO
2017

Estudo da temática: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO;
ÁREAS DE CONHECIMENTO E
INTEGRAÇÃO CURRICULAR;
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA;
20
COORDENAÇÃO
04/07
Discussão, nos agrupamentos, sobre como será feita a apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

11/07
Socialização, nos grupos, da apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

22/08
Socialização, nos grupos, dos resultados obtidos com a aplicação do plano de ensino em sala de aula;
5h

29/08
Avaliação do processo de formação desenvolvido a partir da temática, com elaboração de registro coletivo;
5h


DATA
TEMA 3
CH
MEDIAÇÃO
SETEMBRO
 2017
Estudo da temática:
AVALIAÇÃO EDUCACIONAL;
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM;
AVALIAÇÕES EXTERNAS E INTERNAS
20
COORDENAÇÃO
05/09
Discussão, nos agrupamentos, sobre como será feita a apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

12/09
Socialização, nos grupos, da apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

19/09
Socialização, nos grupos, dos resultados obtidos com a aplicação do plano de ensino em sala de aula;
5h

26/09
Avaliação do processo de formação desenvolvido a partir da temática, com elaboração de registro coletivo;
5h



DATA
TEMA 4
CH
MEDIAÇÃO
OUTUBRO/2017
Estudo da temática:
FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
MATEMÁTICA;
LINGUAGENS;
CIÊNCIAS DA NATUREZA;
CIÊNCIAS HUMANAS;
20
COORDENAÇÃO
03/10
Discussão, nos agrupamentos, sobre como será feita a apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

17/10
Socialização, nos grupos, da apropriação do aprendizado da temática no plano de ensino;
5h

24/10
Socialização, nos grupos, dos resultados obtidos com a aplicação do plano de ensino em sala de aula;
5h

31/10
Avaliação do processo de formação desenvolvido a partir da temática, com elaboração de registro coletivo;
5h





  1. REFERÊNCIAS


ABDALLA, M. de F. B. A pesquisa-ação na análise do trabalho docente. VI Seminário Redestrado - Regulação Educacional e Trabalho Docente, 06 e 07 de novembro de 2006, UERJ - Rio de Janeiro. Disponível e: . Acesso em: 24/1/2017.

BRASIL. Lei n.°12.014, de 6 de agosto de 2009, Altera o art. 61 da Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, com a finalidade de discriminar as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 07 ago 2009. Disponível em: BRASILIA

BRASIL. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/ SEF, 1997a.

CANDAU, V. M. F. Formação de professores: tendências atuais. In: REALI, A. M. M.R. et al. Formação de professores - tendências atuais. São Carlos: EDUFSCAR, 1996. p. 139–152.

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FERNANDES, Cláudia de Oliveira. FREITAS, Luiz Carlos de Freitas. Indagações sobre currículo: currículo e avaliação. Brasília. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

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______. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares. Orientações Curriculares: Ciências Humanas. Cuiabá, MT: SEDUC/MT, 2010.
______. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares. Orientações Curriculares: Ciências da Natureza. Cuiabá, MT: SEDUC/MT, 2010.
______. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares. Orientações Curriculares: Educação Especial. Cuiabá, MT: SEDUC/MT, 2011.
______. Secretaria de Estado de Educação. Orientações Curriculares. Orientações Curriculares: Diversidades. Cuiabá, MT: SEDUC/MT, 2010.
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______. Secretaria de Estado de Educação. Plano Estadual de Educação Lei nº 10.111 de 06 de junho de 2014 e Plano Nacional de Educação Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Cuiabá: Seduc, 2014.
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PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO MATO GROSSO. Lei Complementar Nº206, de 29 de dezembro de 2004 - D.O. 29.12.04. Dispõe sobre alterações na Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998. Art. 2° Parágrafo único.

SANTOS, L. I S. S. Et All. Face a face com Nóvoa: formação inicial e continuada, relevância social e desafios da profissão do professor. Revista Norteamentos. Estudos Linguísticos, Sinop, v. 5, n. 10, p. 100-109, jul./dez. 2012 disponível em: http://sinop.unemat.br/projetos/revista/index.php/norteamentos/article/view/1048 Acesso em: 06 Abril 205.

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