Sara Cristina – Alguns apontamentos...estudando e registrando:
Políticas Públicas de Formação Contínua para professores; Planejamento Didático
e Gestão de sala de Aula; Avaliação da Aprendizagem; Métodos de Ensino...
Políticas Públicas de Formação Contínua – Tais tem por
objetivo constituir ações de formação e desenvolvimento profissional para
escolas públicas. Fortalecer as práticas pedagógicas e garantir a oferta de
educação com qualidade, partindo das avaliações externas. Para Oliveira e
Formosinho (2009) o Desenvolvimento profissional dos professores tem natural
ligação com a formação contínua. Tendências atuais demonstram a preocupação com
a formação contínua centrada na escola e nos professores. No texto o
desenvolvimento profissional é um processo contínuo que promove a interação
entre um grupo de professores em momentos formais e informais, resultando e
enriquecendo pessoal, mas principalmente resultando em grande benefício dos
alunos.
Para Nóvoa (1991) a formação deverá alicerçar-se numa reflexão
sobre a prática e na prática, por meio de dinâmicas de investigação ação e de
investigação formação, valorizando os saberes de que os professores são
portadores. No Método investigação-ação descrito por Nóvoa o ensino é assumido
como ação compartilhada entre discentes e docentes.
Segundo autores acima, há princípios que aproximam a formação
contínua do desenvolvimento profissional resultando em educação permanente que
resultará na reflexão sobre o ensino e que culminará na promoção da
aprendizagem.
Desde 2003 o Estado de Mato Grosso sente os benefícios da
Formação Contínua, cada escola estadual desenvolve seu próprio projeto de
formação sob a orientação da Secretaria de Educação do Estado, segundo
Marcelo1999) a escola “É o lugar onde surgem e podem se resolver a maior parte
dos desafios do ensino”. Para Candau (1996) é no cotidiano que o professor “aprende,
desaprende, reestrutura o aprendizado, faz descobertas e vai aprimorando sua
formação. Marcelo (2003) ainda corrobora com o pensamento de que é necessária
liderança por parte de gestores e professores neste processo.
Os primeiros Centros de Formação de professores/profissionais
de educação de Mato Grosso iniciaram suas atividades em alguns municípios já no
ano 1997, surgindo assim a figura do “professor formador”. Estes profissionais
são docentes da educação básica lotados por meio aprovação em concursos e
designados para os CEFAPROS, tais designações acontecem por meio de seletivos
com duração de dois anos podendo ser prorrogado para mais dois, caso seja
necessário. Segundo Orientativo Pedagógico enviado as aproximadamente 800
escolas do estado e aos 15 CEFAPROS, a relação estabelecida entre professores
de escolas e professores formadores é o que Day (2001) denomina como amizades
críticas “O papel de um aligo Crítico é o de proporcionar apoio e questionar
situações numa relação de confiança”.
Para Ibernón (2009) deslocar a formação feita por
especialistas, para a formação feita na escola, possibilitará sair da condição
de sujeito “objeto” para sujeito da “formação”. Segundo Tardif(1991) e
Cadau(1996) o saber docente é plural constituído dos saberes das disciplinas
curriculares, da experiência, dos saberes sociais...por vezes não valorizados.
Projeto de Formação Docente na Escola:
Para Cadau (1996) é fundamental valorizar os saberes e as
experiências do professor. O profissional do ensino que reconhece seu direito e
sua necessidade de aprendizagem em prol de uma “identidade colaborativa não
competitiva”. Enxergar no Projeto de formação Docente na Escola uma
oportunidade para pesquisar com seus pares, compreender os desafios de
aprendizagens de seu estudante, os pares são colegas da escola, do Cefapro ou
mesmo da SEDUC- sede, também das Universidades e outras instituições ligadas ao
ensino.
É significativo que os educadores percebam a Formação Docente
como “Direito” e necessidade, considerando a complexidade que é educar na
contemporaneidade. As Leis e Normativas Federais e Estaduais regulamentam a
Formação Contínua e pressupões que se crie condições para viabiliza-la como
(tempo, espaço, referenciais Teóricos, dentre outros...) o processo de formação
envolve, construção do diagnóstico, apropriação e socialização dos resultados,
avaliação, dentre outros, este movimento demanda articulação entre ações
formativas e regência de ensino. Buscando relacionar teoria prática.
Como levantar necessidades Formativas que envolvam
conhecimento e formação, plano curricular, plano de ensino, aplicação em sala
de aula?
O registro é fundamental socializar os resultados também é
importante compartilhar registros, para organizar novas sequências de estudo e
planejamento. Os Projetos Políticos Pedagógicos precisam trazer claro a forma
de atuação desenvolvimento e avaliação da instituição. Bem como, demonstrar
como tudo isso se efetiva na prática. Caso isso não aconteça, o próprio
documento poderá passar a ser objeto de estudo da instituição. A formação
poderá contribuir para que o trabalho docente alcance seu principal objetivo
que é a aprendizagem dos estudantes.
Gestão de Sala de aula...
O trabalho com o conhecimento depende da disciplina segundo
Celso Vasconcellos, para que o aluno alcance a aprendizagem se desenvolva e
seja feliz.
Para o educador é fundamental conhecer o aluno profundamente
e isso nem sempre é possível, a isto ele chama de relações interpessoais. Outro
fator preponderante para Vasconcellos é que o professor tenha clareza dos
objetivos para cada turma, considerar que questões sociais ruins devem ser
analisadas, porém não deve ser pretexto para não ajudar o estudante a aprender,
observar que não cabe na contemporaneidade, pleno século XXI métodos educativos
do século XIX. É mister que o educador faça uma autoanálise: O que eu ensino
faz sentido para mim (professor)? Se fizer conseguirei fazer com que o aluno
compreenda e o conteúdo tenha significado para ele?
A ideia de processo é fundamental há conteúdos que levam
tempo para serem compreendidos. Considerar que cada aluno tem um tempo
diferente de aprendizagem também é importante.
É significativo construir com os estudantes um contrato
didático, favorecerá a organização do trabalho de ambos. Assembleias didáticas,
tentar criar condições para conversar é importante também.
Observar que certas atitudes dos alunos por vezes são geradas
pela própria escola, são muitas pessoas, muitos fatores, diferentes contextos e
o educador sabe disso, melhor que o estudante muitas vezes.
Limites, a escola também precisa estabelecer limites, assim
como um rio que tem suas margens que limita sua dimensão e seu curso, o
conhecimento dos estudantes e da turma é fundamental. Não para rotular, mas
para buscar a alegria crítica.
A escritora Ana Vital, fala da ética e da alegria crítica,
para que a escola não perca sua função social, que é de desenvolver conteúdos
claros e que contribuam com a aprendizagem dos alunos.
Na educação inicial os debates entre estudantes e professores
geralmente acontecem, mas com o decorrer do tempo há um distanciamento entre
eles, isto é prejudicial.
Outro fator relevante nesta questão é o cuidado com o
planejamento, a organização da escola, para favorecer momentos de estudo
coletivos e ou individuais.
Lembrar que na era medieval a escolástica propunha uma
educação centralizadora cujo professor era o centro do processo, os alunos
apenas figurantes, ouvintes... O professor trazia o aluno para sua mesa e o
orientava (magistrincentria), é mister reinventar a escola, alunos com alunos,
alunos com professores alunos com materiais pedagógicos, alunos com o lúdico,
em diversas situações de aprendizagem. Criar espaço de trocas, promover as
interrelações o estudante precisa sentir-se pertencente ao processo, para tal é
importante construir regras de convivência.
Avaliação da Aprendizagem – Livro de Ivo José Both- 1º
edição, 2012- editora Inter saberes.
A avaliação Planejada, aprendizagem consentida: é ensinando
que se avalia, é avaliando que se ensina.
“...no campo da educação, há uma perigosa falta de
(continuidade) acumulação das experiências e das inovações, uma descontinuidade
no esforço criador, que não só provoca um grande desperdício, mas, sobretudo,
tira a coragem de qualquer um”. Furtier,1968
“Ensinamos aos jovens que o homem tem poder. Em tudo o que
ele faz, exerce o seu poder. Saber decidir é uma necessidade, no entanto é
preciso decidir livremente, examinando opções e cenários que a decisão implica.
É preciso considerar interesses imediatos, pois pode se ganhar ou perder ao
preparar o futuro. (Tradução/Merieu,2004).
Afinamento da avaliação processual...assinalando com ênfase
as possibilidades da avaliação diagnóstica e construtiva da aprendizagem.
Formativa ou somativa a avaliação necessita de instrumentos
diversificados. A avaliação “processual” prescinde de instrumentos.
Bachelard – o poeta “...o conhecimento, o qual segundo ele,
não pode ser apenas explicado, mas sim demonstrado. (Epistemologia Histórica)
Ideia da proporcionalidade entre resultados de provas e
outras atividades.
Parâmetros descritivos de desempenho X notas ou conceitos.
Dialética – Contradição
Como fazer avaliação da aprendizagem? Drª Lilian Anna Wachowicz
Saraiva (2005) explica que “avaliar” a aprendizagem do aluno
significa, concomitantemente, avaliar o ensino oferecido[...] assim, se não
houver a aprendizagem esperada, estamos diante de uma certeza – o ensino não
cumpriu sua finalidade- a de fazer aprender.
Educação de acordo com Both(2001)
-Consciência e compromisso com os problemas sociais de seu
tempo e meio;
- Capacidade para enfrentar o mundo do trabalho;
- Estarem preparados para ingresso em níveis subsequentes do
ensino;
- Estarem informados para exercício participativo e
responsável da cidadania;
- Competência, capacidade E habilidade na implementação de
ensino com investigação nos níveis escolares que lhe competem.
Não permita que o objetivo principal da avaliação seja apenas
identificar o quanto o aluno sabe e com que profundidade apreendeu o conteúdo,
mas, sim, oportunize que ela possibilite verificar quais foram os caminhos que
o levaram a esse conhecimento.
O avaliador, deve encontrar-se impregnado de senso de justiça,
de compreensão e de interesse em acompanhar o aluno ao longo de todo o processo
de aprendizagem, formando com ele uma combinação e responsabilidade, de justiça.
Com base na avaliação processual, ou formativa, podemos
acompanhar o desempenho do aluno no transcurso de sua vida acadêmica,
corrigindo os desvios de conduta, quando necessário. Devemos ter como foco,
nesse caso, proceder à melhoria do desempenho do aluno de forma perene.
Características de avaliação: dinâmica, qualitativa,
diagnóstica, democrática, construtiva, subjetiva, autônoma.
Características de verificação: estática, quantitativa, constatação,
autoritária, verificativa, metafísica, submissa.
A avaliação é um processo que ela, autônomo e responsável,
pois é dentro de um universo de autonomia com responsabilidade que ela, em sua
verdadeira concepção, pode ser implementada.
O educador do presente e do futuro é aquele que toma todas as
medidas para que a aprendizagem aconteça, para todos. É aquele preocupado em
dar sentido aos conteúdos escolares...é aquele que apresenta aos estudantes
mais dúvidas do que soluções e prima pela alegria do conhecimento e do educar.
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