terça-feira, 30 de novembro de 2010

Relato do Encontro do Programa Proinfantil em Cuiabá-Mt. Professora Sara Cristina 22 a 26 de novembro de 2010

O Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil, no intuito de fortalecer as ações dos envolvidos neste programa, organizou em Cuiabá formação para Professores do Cefapro e tutores dos municipios com a finalidade de apresentar o IV módulo do Programa. A proposta de formação envolveu oficinas, minicursos e conferências todas voltadas para o Tema "Educação Infantil na contemporâneidade.
A Conferência de abertura com o tema "Organização de espaços na Educação Infantil" desenvolvida pela Drª Adriana Freyberger, muito pertinente por sinal mostrou os espaços ideais e os possíveis projetos destes espaços para a construção das novas escolas infantis a serem construídas, nesta mesma tarde tivemos a alegria de ouvir a palestra do Conferencista Francisco Gregório da Silva, com o Tema "Ouvir e contar Histórias", reforçando a importância da oralidade na educação infantil. Já no dia 23 tivemos as oficinas de Formação para os Professores Formadores em suas respectivas áreas, participei da oficina de Linguagens e Códigos com a professora Izabel Cristina Cavalcante da Cruz do Cefapro de Cuiabá. Neste dia a professora apresentou o módulo IV e as possibilidades de trabalho como sugestão para nosso planejamento, também nos forneceu o material em CD, para facilitar nosso trabalho no CEFAPRO. Já no dia 24 tivemos o prazer de ouvir as seguintes palestrantes, Drªs Lázara Nanci de Barros Amâncio, Cancionila Janzkovski Cardoso e a Dranda Ana Carolina Vilela Ardeghi que falaram sobre " O desenvolvimento da linguagem oral e escrita na Educação Infantil". Também uma excelente palestra com a Drª  Rute Cristina Domingos de Palma sobre "Linguagem matemática na Educação Infantil". Pudemos perceber as inumeras possibilidades de trabalho com as possibilidades de trabalho com crianças de 0 a 5 anos de idade. Neste mesmo dia pude participar  também de um minicurso com o tema "O brincar e o movimento na formação de educadores da infância" com a Dranda Suselaine Zaniolo Mascioli a professora mostrou inúmeras possibilidades de trabalho bem como muitos materiais de fácil construção. No dia 25 pude participar de dois minicursos o primeiro Ministrado pelo Drando Vinicius Carvalho Pereira com o tema "A literatura Infantil na Formação de educadores na Infância" e o segundo ministrado pela Drª Roselene Crepaldi com o tema "Planejar e avaliar? Isso é educação infantil", neste minicurso pudemos ver que a melhor maneira de trabalhar com as crianças é através de pesquisas e projetos desde a mais tenra idade.  No dia 26 tivemos o prazer de ouvir a palestrante Drª Ana Angélica Medeiros Albano com o tema " Arte, Infância e Formação de Professores" nesta palestra ficou claro o milagre da arte educação na vida das crianças e dos seres humanos em geral. Quero parabenizar a equipe organizadora pela qualidade desta formação.
Parabéns a Todos os envolvidos neste magnífico Programa.
Sara Cristina - CEFAPRO - SINOP- MT.

Encontro Presencial do Programa Proinfantil em Sinop e Formação em Cuiabá mês de Novembro.









Fotos dos Professores e Tutores do Programa Proinfantil do Polo de Sinop-MT.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Texto Apresentado no SEMIEDU - 2010-Professora Sara Cristina

PROJETOS DE APRENDIZAGEM NA ESCOLA: CAMINHOS METODOLÓGICOS PERMEADOS PELAS NOVAS TECNOLOGIAS.[1]

PEREIRA, Sara Cristina Gomes[2]
COSTA, Reginaldo Vieira da[3]
ZANIN, Jeferson Lucas[4]

Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica CEFAPRO/Sinop

Resumo

Com este texto os autores objetivam socializar os resultados preliminares do Projeto Interinstitucional Formação Docente em Contexto Interativo: Processos Cooperativos de Aprendizagem Potenciados pelas Tecnologias Digitais e Telemáticas, desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT e do Centro de Formação e Atualização dos Profissionais em Educação Básica CEFAPRO de Sinop-MT, com o auxílio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa em Mato Grosso – FAPEMAT. Os estudos acontecem em dois momentos, o momento presencial in loco oportunizado pelo Projeto Sala de Professor instituído pela Secretaria de Estado de Educação, o outro à distância com o uso da plataforma e-Proinfo disponibilizada pelo MEC, ambos acompanhados pelos pesquisadores do projeto. Com esta finalidade alguns aspectos são destacados neste texto como, a possibilidade de pesquisa-ação viabilizada pelo Projeto Sala de Professor nas Escolas que por sua vez fortalecem a formação continuada destes profissionais em serviço, favorecendo a implementação de novas metodologias que contemplam os trabalhos por projetos oportunizando a interdisciplinaridade, bem como possibilitando aos profissionais e educandos uma interação maior com as novas tecnologias que favorecerão uma aprendizagem significativa. O texto apresenta também a possibilidade de se flexionar o currículo a favor dos trabalhos com Projetos de aprendizagem, metodologia esta com experiências de sucesso em outros estados brasileiros e que tem proporcionado aos atores da ação educativa a interação e a (re) construção de novos significados para a aprendizagem, viabilizando principalmente que os aprendizes saiam da condição apática e passiva reflexo da educação tradicional para protagonizarem os projetos de aprendizagem. Observando os resultados preliminares desta proposta em algumas escolas deste município verificamos grandes avanços tanto em quantidade quanto em qualidade nas instituições que ora participam deste projeto.

Palavras-chaves: Formação continuada, Projetos de Aprendizagem, Tecnologias,
Interdisciplinaridade.

Percebendo as inúmeras problemáticas e a complexidade em que a educação deste século apresenta, como as constantes buscas dos profissionais que atuam em educação no sentido de tornar a aprendizagem atraente, contextualizada e significativa, o presente artigo busca evidenciar possibilidades metodológicas pelo viés do trabalho com projetos nas escolas para as mais diversas especificidades curriculares como a educação do campo, educação Indígena, educação Quilombola, Educação de Jovens e Adultos bem como as educações urbanas em sua diversidade, evidenciando assim um perfil de educação de profissionais e estudantes com mais clareza sobre cada uma destas especificidades e possibilidades metodológicas.
Neste sentido e observando os inúmeros processos de desenvolvimento da educação neste País podemos verificar que a função social da escola associada à aprendizagem significativa devem ser temas relevantes na construção de um currículo significativo para cada instituição escolar. E considerando que o Estado de Mato Grosso tem pautado sua organização curricular para o ensino fundamental por Ciclos de Formação Humana, modalidade esta prevista na Lei de Diretrizes e Bases - LDB 9394/96, centrada na concepção de que o educando desenvolve-se a partir de estágios aos quais chamamos Ciclos citado por Freitas (2003) e entendendo também que a metodologia por projetos privilegia o desenvolvimento do aluno como um todo em decorrência da convivência com seus pares e num processo de interação viabilizando assim a construção de sua identidade (Mato Grosso, 2000, p.16).
E considerando também que a organização Curricular por Ciclos de Formação Humana prevê adequação as realidades dos educandos tanto em ritmos quanto em tempo de aprendizagem, neste sentido no que diz respeito à educação urbana do campo e demais especificidades flexionar-se-ão em ritmos e tempo escolar de acordo com seus respectivos contextos, para tal uma proposta diferenciada privilegiando o trabalho por projetos segundo o perfil de cada comunidade escolar bem como um currículo flexível e adaptável a realidade de cada especificidade será de grande valia, tendo em vista que embora haja bases comuns para o currículo há a possibilidade de se flexionar a parte diversificada do mesmo por meio da metodologia com projetos como estabelece o artigo 26 da vigente LDB nº 9394/96, favorecendo assim a aprendizagem significativa que segundo Ausubel (1982) “só será significativa à medida que o novo conhecimento for incorporado às estruturas de conhecimento do aluno e adquire significado a partir da relação com seu conhecimento prévio”. 
Desta forma, há de se buscar alternativas de formação profissional bem como metodologias diferenciadas da prática tradicional pelo viés dos projetos interdisciplinares, viabilizando assim a pesquisa durante todo o percurso educacional. Entendendo também que quanto mais cedo o estudante apreender e compreender o processo de pesquisa bem como a importância de ser ele o protagonista da ação educativa, mais completa e significativa será seu processo educacional.
Entendendo também que com os avanços tecnológicos e as mudanças sociais constantes bem como as especificidades de cada instituição escolar, pedem novas formas de ensinar e aprender, de forma que todos os envolvidos neste processo sejam considerados partícipes atuantes, principalmente o educando, ficam evidentes então a necessidade de se promover diferentes metodologias pelas instituições educacionais.
Neste sentido a cultura de projetos na escola viabiliza uma nova perspectiva de ensino aprendizagem, onde o aluno passa de fato a ser protagonista da ação educativa e foco central deste processo, nesta perspectiva o aluno pesquisador, tem consciência da intencionalidade implícita das atividades pedagógicas das quais ele é o promotor. Dentre as muitas facetas sobre a cultura de projetos na escola destacam-se os Projetos de Aprendizagem.
Neste contexto sugerimos a Metodologia de Projetos que segundo Hernandez (1998) “não deve ser vista como uma opção puramente metodológica, mas como uma maneira de repensar a função da escola”. Desta forma a metodologia por projetos permite a flexibilidade de estratégias tanto ao profissional, quanto maior liberdade ao educando com o fim de que sua aprendizagem de fato corresponda as suas reais expectativas.

Contextualizando a metodologia de Projetos de Aprendizagem

A metodologia por projetos tem como fundamento a compreensão da aprendizagem como ato dinâmico, compartilhado e processual rompendo com a educação centralizadora e mecanicista da educação tradicional, tal visão reflete o pensamento de Freire (2002) e Vygotsky (1989), que compreendem a aprendizagem como condição não individual, mas construída socialmente, defendendo também que a construção da aprendizagem se dá na interação entre os envolvidos neste processo.
Sendo assim o trabalho por projetos na escola, envolve a colaboração, cooperação, reciprocidade, coordenação, divisão de tarefas, solidariedade, enfim respeito às diferenças, levando o pesquisador (educando) a condição de autoria de sua aprendizagem.
Experiências de trabalho por Projetos de Aprendizagem vivenciadas nas escolas no Rio Grande do Sul, conforme os pressupostos de Fagundes, Sato e Maçada (1999), tem sido pioneiras no Brasil e que se estenderam a outros estados brasileiros com resultados satisfatórios.
Mas, o que seriam então os Projetos de Aprendizagens? Segundo Fagundes (1999) ao iniciar um projeto de aprendizagem utilizamos como estratégia elencar, preliminarmente as certezas provisórias e as dúvidas temporárias. Pesquisando, indagando, investigando, neste processo muitas dúvidas tornam-se certezas que se transformam em dúvidas, ou ainda geram outras dúvidas e certezas que por sua vez, também são temporárias e provisórias.
Desta forma contextualizaremos algumas experiências no estado de Mato Grosso, atualmente em desenvolvimento pelo grupo de pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) em parceria com o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO), coordenado pela professora doutoranda Albina Pereira de Pinho Silva[5], financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (FAPEMAT) intitulado Formação Docente em Contexto Interativo: Processos Cooperativos de Aprendizagem Potenciados pelas Tecnologias Digitais e Telemáticas, em processo de pesquisa-ação em quatro escolas estaduais do município de Sinop- MT.
O projeto de pesquisa tem como participantes professores que atuam em anos iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio, gestores, coordenadores pedagógicos, professores articuladores de ciclos, funcionários da carreira administrativa e de apoio da escola e técnicos do Laboratório de Informática das escolas. Tendo como parceiras as escolas estaduais: Rosa dos Ventos que atende o ensino Fundamental; Professora Edeli Mantovani que atende o Fundamental, Médio e Médio Integrado; Renee Menezes com o ensino Fundamental e Médio e a escola São Vicente de Paula com ensino Fundamental, Médio e Médio Integrado.
Este projeto de pesquisa interinstitucional objetiva, a compreensão e a aplicabilidade pedagógica da Metodologia de Projetos de Aprendizagem por parte dos profissionais da Educação Básica nestas unidades escolares. Tendo em vista que atualmente as instituições escolares possuem acesso às novas tecnologias que favorecem aos profissionais a atualização de suas práticas pedagógicas e considerando também que o Estado de Mato Grosso possui uma política pública de formação continuada em serviço que viabilizam as pesquisas na própria escola, permitindo a flexibilidade metodológica harmonizar-se com cada realidade escolar segundo suas especificidades, desta forma, este projeto interinstitucional ocorre paralelo ao projeto Sala de Professor, instituído pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC).
Para que essas ações alcancem os objetivos propostos há a necessidade de que aos profissionais da educação seja garantida formação continuada em serviço, buscando a promoção tanto no ambiente presencial quanto virtual de aprendizagem e-Proinfo, possibilidades de criação e proposições críticas no uso das tecnologias digitais e telemáticas como dinamizadores no desenvolvimento dos Projetos de Aprendizagem, buscando assim a implementação de práticas educativas que privilegiam a criatividade, curiosidade e, sobretudo, o protagonismo, a autonomia, a aprendizagem cooperativa tanto dos educadores quanto dos educandos em seus processos formativos, configurando, assim, um novo modelo de educação.
Para Moraes (1997, p.18), um novo modelo de educação é aquele

[...] capaz de gerar novos ambientes de aprendizagem que deixasse de ver o conhecimento de uma perspectiva fragmentada, estática, e o reconhecesse como um processo de construção a ser desenvolvido num contexto dinâmico do vir-a-ser. Ambientes capazes não apenas de acompanhar e incorporar a evolução que ocorre no mundo da ciência, da Técnica e da Tecnologia, mas também de colaborar para estabelecer o equilíbrio necessário entre a formação tecnológica do indivíduo para que ele possa sobreviver no mundo cada vez mais tecnológico e digital, a sua formação humana e a sua dimensão espiritual.


Desta forma as atividades presenciais e a distância dos Projetos de Aprendizagem, utilizam-se da Plataforma e-Proinfo, ambiente colaborativo de aprendizagem, disponibilizado pelo MEC aos CEFAPROs para desenvolvimento de formação de professores na modalidade à distância. Nas escolas acima citadas o projeto teve início em 2009 e ainda em desenvolvimento, tais encontros virtuais interativos acontecem com este suporte possibilitando exatamente o desenvolvimento das capacidades citadas pelo autor acima. Já nos encontros presenciais, as ações se desenvolvem através de um encontro presencial ao mês no contexto do “Projeto Sala de Professor”, com o uso do Laboratório de Informática (LI) das escolas.

O currículo na perspectiva dos Projetos de Aprendizagem.

Um currículo escolar que privilegia a pesquisa contínua por parte dos envolvidos neste processo lança luz às novas perspectivas para a educação, propiciando cooperação e inteiração entre alunos/alunos e alunos/professores e demais envolvidos da comunidade escolar. Assim a aprendizagem passa a ter real significado para o educando tendo em vista que as pesquisas desenvolvidas são assuntos pertinentes a cada comunidade escolar, ou seja, são os alunos que definirão junto aos professores quais são os temas de maior relevância para pesquisar e que favorecerão esta comunidade.
Segundo Fagundes (1999, p.16):

Quando o aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que tenham significação para ele, emergindo de sua história de vida, de seus interesses, seus valores e condições pessoais, passa a desenvolver a competência para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua atividade”.

Dessa forma surge a seguinte questão, quantos desafios há em cada instituição escolar? Permitir que os aprendizes levantassem estas dúvidas correlacionem as mesmas a sua história de vida e a sua realidade, evidencie os seus valores demonstra ser o caminho para que a aprendizagem de fato seja significativa.
Outro fator importante a considerar é que nesta metodologia há uma demanda sobre a interdisciplinaridade e um planejamento cooperativo tendo em vista que se rompe com os conteúdos fragmentados e busca-se ações interdisciplinares, pois como nos lembra Fazenda (1996) “perceber-se interdisciplinar é o primeiro movimento em direção a um fazer interdisciplinar [...].”
Aqui cabe uma reflexão sobre como alcançar a interdisciplinaridade, pensamos que o primeiro, passa necessariamente pela formação de professores, seja a inicial ou  continuada, sem isso, o movimento para sua implantação não se consolidará, sendo assim nos cabe enunciar de qual interdisciplinaridade falamos: daquela que nos propicie construir o conhecimento junto com o educando, pois segundo Fazenda (1996) “num projeto interdisciplinar não se ensina nem se aprende, vive-se, exerce-se”, desta forma leva-se em consideração as concepções prévias dos estudantes, para tal é necessário diagnóstico destas concepções com a finalidade de propiciar a construção de significados para os novos conhecimentos.  Sendo assim o conhecimento passa a ser admitido como uma construção sócio-histórica e, portanto, não ocorre independentemente do indivíduo que o adquire.
Neste sentido Fazenda (1996) diz:

“a interdisciplinaridade pauta-se numa ação em movimento, uma prática que exige humildade, coerência, respeito e desapego, nos remetendo a noção da práxis e também ao trabalho coletivo, ou seja, não existe pratica interdisciplinar isolada”.

Evidenciando assim que tais mudanças envolvem a constituição do aluno pesquisador bem como do profissional pesquisador em sua totalidade não apenas em ações relacionadas ao ensino e a aprendizagem sistematizada de conteúdos científicos, mas também a assuntos do seu dia a dia enriquecendo sua vida como um todo proporcionando ao profissional a oportunidade de encontrar mecanismos de aprimoramento em sua pratica pedagógica.
Ainda segundo Fazenda (1996), reforça a necessidade de que a prática pedagógica seja interdisciplinar para que de fato haja integração entre o objeto a ser pesquisado e seu significado para a vida do pesquisador, segundo a autora “Perceber-se interdisciplinar é o primeiro movimento em direção a um fazer interdisciplinar e a um pensar interdisciplinar”
Esta visão sobre interdisciplinaridade aponta para a importância do trabalho cooperativo, bem como identifica a aprendizagem não como algo descontextualizado ou isolado. Neste sentido surgem as seguintes questões: Como efetivar o processo de engajamento do educador num trabalho cooperativo e interdisciplinar, quando sua formação se deu de forma fragmentada e disciplinar? Como criar condições para que o educador compreenda como ocorre a aprendizagem do educando, mesmo que ele ainda não tenha completa clareza de como ocorre sua própria aprendizagem? Como viabilizar a inter-relação entre as disciplinas? Vemos então que as respostas a estas perguntas indicam que além da construção do conhecimento pelos aprendizes paralelamente deverá acontecer o processo de (re) construção do conhecimento pelo profissional que media esse processo.
Assim evidencia-se a importância da formação continuada tendo em vista que a mesma viabilizará a inteiração entre teoria e prática. Entendendo que o tempo de aprimoramento da prática no âmbito educacional revelará a peculiaridades de cada instituição, contribuindo significativamente para a identidade da mesma. Desta maneira a formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática docente, de modo a permitir que examinem suas teorias implícitas, seus esquemas de funcionamento e suas atitudes, realizando um processo constante de avaliação e auto-avaliação que oriente seu trabalho. Esta orientação exige uma proposta crítica de intervenção educativa uma análise da prática do ponto de vista segundo os pressupostos ideológicos e comportamentais subjacentes (FAZENDA, 1996).
Sendo assim e com a finalidade de implementação do trabalho com Projetos de Aprendizagem nas escolas, o projeto “Formação Continuada em Contexto Interativo” prevê formação contínua tanto para os pesquisadores do CEFAPRO/UNEMAT, que por sua vez trabalham com as escolas, quanto à formação dos profissionais das escolas envolvidas neste processo, culminando então na orientação das pesquisas com os alunos em sala de aula, vemos então que por meio desta sistemática cria-se uma teia envolvendo participantes e co-participantes nas várias esferas do processo de ensino aprendizagem.
Nesta metodologia é importante ressaltar que o principal objetivo será o de permitir que os estudantes desde a mais tenra idade seja um pesquisador, criando assim neles o interesse pela aprendizagem e tornando a mesma atraente e significativa para sua vida. Aos profissionais da educação neste processo caberá promover a liberdade de expressão, aliar conhecimento empírico a conhecimento científico, valorizar o estudante em sua plenitude como pessoa e como pesquisador. Tais ações favorecerão a autonomia bem como fortalecerão o papel da educação como um dos pilares para o desenvolvimento humano.
Quanto à viabilidade da interdisciplinaridade nos projetos se dará também com os estudos contínuos dos envolvidos, visto que resignificar a prática fragmentada a favor da pratica interdisciplinar demanda estudos contínuos destes profissionais, entender quais são as capacidades previstas para cada ano escolar e contemplá-las durante o desenvolvimento dos projetos de aprendizagem dos estudantes também constitui um grande desafio.
Neste sentido entendendo que como estabelece o artigo 26 da LDB nº 9394/96
“Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, bem como uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”.

Considerando o acima citado em nenhum momento os Projetos de Aprendizagem pretendem ignorar o currículo oficial em sua base comum, porém no que diz respeito à parte diversificada estará a serviço do desenvolvimento dos temas importantes para cada instituição, e neste sentido os valores sociais e culturais de cada comunidade escolar estarão presentes no desenvolvimento das pesquisas, ou seja, dos Projetos de Aprendizagem. Neste sentido cabe ressaltar que as mudanças metodológicas aqui apresentadas deverão estar articuladas com o Projeto Político Pedagógico de cada instituição, com fins de legitimar tal metodologia.
Vemos então nesta proposta que a escola, não se limita a ser mera reprodutora ou transmissora de conhecimento, mas passa a ter outro papel, o de valorizar o contexto sociocultural possibilitando a construção do conhecimento, proporcionando que a aprendizagem na escola seja de fato contextualizada e significativa para todos os envolvidos no processo, principalmente os estudantes.
Vimos então no desenrolar do texto que há outras possibilidades de trabalho pedagógico, como o trabalho com os Projetos de Aprendizagem, que considera o contexto social múltiplo e diversificado de cada instituição com suas peculiaridades, mudanças curriculares e mudanças metodológicas são ações importantíssimas para (re) significar o papel dos profissionais da educação. Isto nos remete a repensar a formação profissional, assumir o direito de atualização em serviço a fim de garantir não só o sucesso de nossas ações, bem como a aprendizagem contextualizada, significativa e prazerosa objetivada pela maioria das instituições educacionais deste País.


Referências bibliográficas

AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa. São Paulo. Ed. Moraes, 1982.

FAGUNDES, Léa da Cruz; SATO, Luciane Sayuri; MAÇADA, Débora Laurino (Co-Autoras). Aprendizes do futuro: as inovações começaram! (Coleção Informática para Mudança na Educação), 1999. Disponível em: < http://www.proinfo.mec.gov.br >. Acesso em: 20 jul. 2002.

FAZENDA, Ivani. Práticas interdisciplinares na Escola. 3ª Ed. São Paulo. Ed. Cortez, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Rio de janeiro: Ed. Paz e Terra, 2002.

HERNANDEZ, Fernando. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho. Trad. Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998.

MATO GROSSO. Escola Ciclada de Mato Grosso – Novos Tempos e Espaços para ensinar – Aprender a Sentir Ser e Fazer. Cuiabá. Secretaria de Estado de Educação, 2000.

MORAES, Maria Candida. O paradigma educacional emergente. Campinas, SP: ed.  Papirus,1997. (Coleção Práxis)

VYGOTSKY, Lev. S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989.


[1] Resultados preliminares do projeto interinstitucional Formação Docente em Contexto Interativo: Processos Cooperativos de Aprendizagem Potenciados pelas Tecnologias Digitais e Telemáticas desenvolvido pela Universidade do Estado de Mato Grosso em parceria com o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica – CEFAPRO do polo de Sinop, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT.
[2] Professora Especialista em Lingüística Aplicada ao Ensino de Língua Portuguesa como Língua Materna, graduada em Letras Licenciatura Plena, lotada no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica no município de Sinop no Estado de Mato Grosso – email: cristina.sara.27@hotmail.com.
[3] Professor graduado em Ciências Biológicas, lotado no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica no município de Sinop no Estado de Mato Grosso – email: regi.biologia@gmail.com.
[4] Professor Graduado em Licenciatura Plena em Química, lotado no Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica no município de Sinop no Estado de Mato Grosso – email: jefersonlucas@gmail.com.
[5] Pedagoga. Professora da disciplina Didática no Ensino Superior. Lotada no Departamento de Pedagogia da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, campus de Sinop

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Grupo de Estudos do Programa Proinfantil- Atividade desenvolvida pela Professora Sara Cristina


  
 Grupo de Estudo do Programa PROINFANTIL


    No dia 17/11/2010, aconteceu nas dependências do Cefapro/Sinop, o encontro do Grupo de estudos do Proinfantil. Participaram do encontro  a Coordenadora Pedagógica Profª Sueli Brito e os professores formadores: José Paulo, Rozilene Costa Batista, Sueleide Alves da Silva Pereira, Sara Cristina Gomes Pereira e Antonio Ramos Faria.O Profº Ivonei Andrioni não estava presente porque está em formação(Cuiabá) e  o Profº Reginaldo da Costa Vieira porque está em Sorriso em evento de sua área de atuação. A Profª Sueleide deu inicio às atividades desejando bons estudos aos professores. Em seguida, lembrou que para este encontro ficou acordado, conforme agenda previamente definida que as professoras Sueli Brito e Sara Cristina seriam as responsáveis pela mediação, junto aos professores formadores, dos fundamentos de Celéstine Freinet, Levi Vygostky e Henry Wallon respectivamente. A Profª Sueli Brito solicitou uma nova agenda para a mediação dos seus estudos, pois sistematizará a apresentação em slides, ficando a sua apresentação para o próximo encontro no dia 03/12/010 no horário matutino. A Profª. Sara Cristina deu inicio aos estudos apresentando a sistematização da metodologia desenvolvida em 3 momentos:

1.Apresentação dos objetivos dos estudos dos Fundamentos de Levy Vygostky: Conhecer as concepções básicas do desenvolvimento humano e os estudos sobre a interação como recurso básico para o desenvolvimento da capacidade infantil de pensar,resolver problemas e  se perceber como pessoa singular. Na seqüência a professora fez um breve relato da vida do autor,no contexto histórico.

2.Formação de 2 grupos para leitura coletiva dos fundamentos constantes nos Livros de Estudos do Proinfantil, módulo II, Unidade 1(págs 30 à 41) e 2 ,(págs 20 à 25)para leitura e  sistematização dos pontos principais; 3. Por fim, socialização da proposta teório-prática dos grupos considerando  os aspectos  relevantes  presentes nos fundamentos de Levy Vygostky.

3. Por fim, socialização dos grupos, onde os professores apresentaram a sistematização do grupo. O grupo unidade 1, formado pelo(a)s Profs Sara Cristina, Sueleide Alves e José Paulo,destacou    como a criança aprende e se apropria das formas de pensar e dos conhecimentos existentes na sociedade na perspectiva  sócio-interacionista: do ponto de vista sócio-afetivo, sócio-motor , simbólico e cognitivo e a importância  do professor na mediação desse processo.  O grupo 2,formdo pelo(a)s Profs Simone Naedzold, Antonio Ramos Faria e Rozilene Costa Batista,  destacou a proposta teórica de Vygostky: nível de desenvolvimento potencial, proximal e Real, referentes ao que a criança faz com ajuda, as possibilidades de aprender e o  que a criança faz sozinha. Que a imitação é importante, pois constituem as representações  estabelecidas nas relações sociais.
       Os professores enfatizaram que conceitos não desenvolvidos na infância podem refletir de forma significativa na vida adulta.  Para finalizar a Profª Sara Cristina sugeriu ao professor mediador dos estudos de Piaget (sócio-construtivismo), estabelecer relação com os fundamentos sócio-interacionismo de Levy Vygostky. Também ficou definido que no próximo encontro (03/12), haverá leitura compartilhada dos fundamentos de Henry Wallon.
 Dando prosseguimento a Coordenadora Sueli Brito, distribuiu as funções do Professor formador do Proinfantil, onde os professores fizeram a leitura. Emseguida a equipe iniciou a elaboração do Plano de Ação do módulo III do Proinfantil: Objetivos e justificativa. No horário vespertino os professores Antonio Ramos de Faria, Rozilene Batista, Sueli Brito e Sueleide Alves da Silva Pereira deram continuidade a atividades da Elaboração do Plano de Ação: Especificação da parte pedagógica e administrativa, acompanhamento e avaliação.


                                                                                         
                                                                                           Equipe Proinfantil.
                                                                                               18/11/2010


                                                                                
                                                                               
                                                     
                                                                     



Atividades desenvolvidas no mês de novembro -2010 -Cefapro - Sara Cristina.

Agenda mês de novembro – Sara Cristina
Atividades no Cefapro dia 03 de novembro – Reunião com a equipe de pesquisadores do SEMPAC. Últimas orientações
 10 de novembro – SEMPAC
10 de novembro – Noturno – Palestrantes- Profª Esp. Sara Cristina Gomes Pereira e Profª Esp. Márcia Weber. “Experiências com os Projetos de Aprendizagem em Escolas do Polo do Cefapro de SinoP-MT.
11 de novembro – Estudo do Proinfantil- Professoras Simone e Sueleide – Teóricos:  Concepções de John Dewey e  Decroly. Matutino
A apresentação da Professora Simone em slides resgata alguns aspectos citados por Marcos Vinicius da Cunha (1994) e Anízio Teixeira sobre John Dewey, estudioso da educação entre os anos 1859 e 1952, com obras escritas em Inglês a partir de 1902 a 1938, vários questionamentos foram levantados como: Quando de fato aconteceu a ruptura da escola Tradicional para a escola Nova e o que de fato DEWEY chamou de escola nova? Já a professora Sueleide falou um pouco sobre Decroly, autor também em finais do século dezenove e século XX com concepções também aderidas por algumas instituições de educação infantil. O objetivo do grupo de estudos do Proinfantil é o fortalecimento das ações dos profissionais  do Cefapro neste programa.
Estudo das Portarias no Cefapro.  Vespertino.
12 de Novembro-Trabalho com as cursistas do Proinfantil de Sinop-Mt.  Unidades 1, 2,3,4 do módulo III. Vespertino- Local Escola de Governo. Sinop.
Relatório Professora Sara Cristina. 10 de novembro - SEMPAC
“Seminário de projetos de Aprendizagem Cooperativa: Socialização de Experiências”.
O primeiro seminário de Projetos de Aprendizagem Cooperativa, aconteceu no Anfiteatro da Unemat Campus de Sinop-MT. Nos três períodos, do dia 10 de novembro em Sinop-Mt; no período matutino após o credenciamento iniciaram os trabalhos da mesa 1 com o tema “Utilização das TICs nos Projetos de aprendizagem”, na mesa 2 o tema foi “Saúde e Qualidade de vida na Contemporaneidade”, após as apresentações das escolas foram feitas algumas observações sobre os temas trabalhados. No período Vespertino aconteceram apresentações de mais 2 mesas com os temas “Educação Ambiental no Contexto Escolar” e “Projetos de Aprendizagem: Diversas Experiências”, logo após as apresentações também foram feitas algumas observações sobre o tema. O período noturno Tinha a temática: Projetos de Aprendizagem Contextualizados nas Práticas Escolares. Este período iniciou-se com 2 apresentações culturais e em seguida Foram sendo apresentadas as palestras com os Temas: Experiências com os Projetos de Aprendizagem em escolas do Polo/Cefapro de Sinop. Projeto de aprendizagem como possibilidade metodológica na Escola de Formação Humana e a Pesquisa cientifica como interlocução teórico-prático entre Ensino Superior e Educação Básica. Após as perguntas à mesa de palestrantes encerramos as atividades deste magnífico Seminário. Destaco como muito importante esta interlocução Ensino Superior Formação Continuada e escolas de Educação Básica em um mesmo evento. A quebra de paradigmas aqui estabelecida alicerçará certamente novas  ações em todas as esferas da educação neste Polo.
O objetivo do Seminário foi socializar os projetos organizados, sistematizados e desenvolvidos pelas unidades escolares que participam do projeto de Pesquisa “Formação Docente em Contexto Interativo: processos cooperativos de aprendizagem potenciados pelas tecnologias digitais e telemáticas da UNEMAT/CEFAPRO de Sinop. Esta socialização possibilitou uma reflexão dessa alternativa metodológica indicada para a educação Básica no Estado de Mato Grosso. Público alvo, Profissionais e estudantes da Educação Básica.

13 de novembro – Avaliação de recuperação Proinfantil/ Trabalho com as cursistas de Sinop-Mt. Unidades 7 e 8 do módulo III de Linguagens e Códigos. Matutino. Local Escola de Governo em Sinop.
16 de novembro – Jornada Mensal PROINFANTIL. Trabalho com os Tutores do Polo. Dúvidas sobre as unidades 5, 6,7,8 do  módulo III  de Linguagens e Códigos - Material do Proinfantil.

22, 23, 24, 25, 26 – Formação do PROINFANTIL em Cuiabá.
21, 22, 23,24 – SEMIEDU em CUIABÁ.  Apresentação do Artigo Aprovado.




Livro Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana -Reescrita com a Consultora Drª Jorcelina e Coordenadora do Ensino Fundamental - Profª Janaína

Professoras Do CEFAPRO de Sinop-Participam da reescrita de Livro em Cuiabá-Mt.

REESCRITA DO LIVRO “Reorganização da Proposta de Política Pedagógica da Escola Organizada Por Ciclos de Formação Humana”

Consultora/Organizadora: Profª Dra Jorcelina Elisabeth
Profª Sara Cristina Gomes Pereira
Profª Sueleide Alves da Silva Pereira

1º momento: Convite da Profª Janaina Monteiro
Profª Silvia (Linguagem- Cefapro – (Rondonopólis)
Profº Ederson (Educação Física – EJA – Rondonopólis)
Profª Alvarina, Fernando, Simone, Janaina  (SUEB - SEDUC)
Profº Sara( Linguagem) e Sueleide ( Pedagogia)  (Cefapro- Sinop)
Profª Lúcia Ida ( SUFP)
PRofª Janai( SUEB – SEDUC)
Maria Cristina ( Matemática – CEFAPRO- Matupá)

2º momento: Socialização do Texto original (01/09/2010)

3º momento: Reescrita do livro (25 à 29/10)

Na semana de 25 a 29 do mês de outubro de 2010, eu Profª Sueleide Alves da Silva Pereira  e a Prof Sara Cristina Gomes Pereira, estivemos em Cuiabá para participar da reorganização do livro “Reorganização da Proposta de Política Pedagógica da Escola organizada Por Ciclo de formação Humana da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso” . Convém ressaltar que o livro orientado e oganizado pela Prof Dra Jorcelina Elisabeth é uma produção coletiva de profissionais da Secretaria do Estado de Mato Grosso, A finalização desse trabalho esta sendo orientado pela Coordenadora do Ensino Fundamental Profª Janaina Monteiro com a participação de professores dos Cefapros de Sinop: Sueleide Alves da Silva Pereira e Sara Cristina Gomes Pereira(Sinop), Silvia Cefapro de Rondonopólis) Maria Cristina( Cefapro -  Matupá)  e Éderson ( CEJA de Rondonópolis) que na semana de 15 a 18 de setembro estabeleceu  a seguinte  dinâmica: os capítulos foram  distribuídos aos professores de modo que a prof Sara e a Prof Sueleide ficaram  com as seguintes partes:
Parte 1 – Ressignificando os fundamentos da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana na rede Estadual de Ensino de Mato Grosso
1.1  A superação da escola seriada: uma necessidade
1.2  A adoção do Ciclo de Formação Humana: uma opção esclarecida
1.2.1        A importância das fases de desenvolvimento humano e a relação destas com a aprendizagem: o agrupamento por idade
1.2.2        O significado do tempo e do espaço: a superação das fases intraciclos
1.2.3        A negação da retenção/repetência





Quanto a Parte 4, ficou distribuída entre os professores Éderson, Sueleide e Sara
4.1 A concepção de Currículo – Profº Éderson
4.1.1 Concepção de Conhecimento  - Profs Sueleide e Sara
4.1.2 Concepção de aprendizagem   - Profs Sueleide e Sara
4.2 O perfil formativo do aluno em cada Ciclo de Formação Humana
4.2.1 O 1º Ciclo – Infância: alunos de 6 a 8 anos – Profs Sueleide e Sara
4.2.2 O 2º Ciclo – Pré-Adolescência: alunos de 9 a 11 anos – Profs Sueleide e Sara
4.2.3 O 3º Ciclo – adolescência: alunos de 12 a 14 anos – Prof Sueleide e Sara
4.3 A construção de um novo processo formativo na perspectiva da escola organizada por Ciclos de Formação Humana – Prof Éderson.



      No dia 25 de outubro, durante o período matutino e vespertino, fizemos a leitura da parte 1 do livro  (páginas 6 a 12) cujo tema: – Ressignificando os fundamentos da Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana na rede Estadual de Ensino de Mato Grosso e as seguintes anotações para sistematização da reorganização dos textos.
1.1   A Superação da escola seriada: uma necessidade, apresenta a escola tradicional em contraposição à escola organizada por ciclos com foco no conteúdo e na avaliação.Neste caso  sugerimos  reestruturação do texto em duas proposições, primeiro a concepção da  escola organizada por série e segundo a concepção da escola organizada por ciclo, inserimos a concepção biogenética Piagetiana do desenvolvimento humano , e a sócio histórico de Vygostky,  por entender  que esses argumentos  orientam  para uma  leitura reflexiva ,dialógica e formativa para os profissionais da educação e comunidade escolar. No item 1.2 A adoção do Ciclo de Formação Humana: uma opção esclarecida, há a necessidade de justificar o porquê da adoção do ciclo como política pública implementada na rede sendo para isso ser necessário fundamentar  amparo na 9394/96, na resolução 262/02 do CEE , no respeito a integralidade (Henry Wallon) e  nos tempos ,espaços  e ritmos de aprendizagem de cada individuo no contexto sócio-cultural (Miguel Arroyo e Vygostky).Quanto ao item 1.3 intitulado Fases de desenvolvimento humano e sua relação com a aprendizagem observam ser necessários fundamentos da Neurociência da Drª Elvira Souza Lima e como se dá a construção do conhecimento nos ciclos de  vida. No 1.2.2. O significado do Tempo e do Espaço: superação das fases intra-ciclos, sugerimos a necessidade do aprofundamento das concepções do tempo e do espaço no desenvolvimento humano. No texto 1.2.3. A negação da retenção/repetência neste item observamos que não há necessidade de alteração pois atende perfeitamente  a concepção proposta.





No dia 26/10 iniciamos a reestruturação dos textos com as possibilidades de alterações acima descritas. Após leitura reflexiva e dialética optamos por uma linha metodológica de reelaborar o texto mantendo a essência da proposta.Essa foi uma preocupação constante:o respeito ao texto original do dia 01/09, ainda que tenhamos recebido as versões dos dias 16/09, 12/10 e  26/10.Dessa forma destacamos na cor azul a reestruração dos parágrafos e/ou palavras e termos  e na cor vermelha as substituições  parágrafo em relação ao espaço. Nesse movimento, utilizamos diversos materiais entre eles: legislação,(LDB, 262),parecer e autores como; Elvira, Arroyo e Freitas.
Ao sistematizar a reestruturação  da parte 1 enviamos o texto com as devidas marcações, via e-mail , para a prof Cristina, que nos reenviou com as alterações feitas pelo Prof Éderson das concepções de   currículo para que fizéssemos a reestruturação dos itens 4.1 .1– Concepção de Conhecimento, 4.1.2 – Concepção de Aprendizagem,  e os demais itens que tratam do perfil dos alunos no 1º, 2º e 3º ciclos respectivamente.
No dia 27/10 no horário matutino  iniciamos a sistematização das atividades da Parte 4. A metodologia utilizada seguiu a mesma lógica da parte 1: o respeito a essência do texto original. Fizemos a leitura do item 4.1, concepção de currículo reestruturado pelo Prof Ederson para a partir daí construir significado da concepção de conhecimento tratada no item 4.1.1 e de aprendizagem 4.1.2, por  entendemos ser aspectos indissociáveis das concepções curriculares. Desse modo introduzimos a concepção de conhecimento conforme se apresenta o currículo reflexivo, flexível, dialético critico  e transformador tendo sua legitimidade no Projeto Político Pedagógico que é construído no coletivo, tem sua função e identidade social. Quanto ao item 4.1.3 durante a leitura observamos que a concepção de aprendizagem é discorrida especificamente no item 4.3, por isso optamos por imprimir no texto apenas a marca de prenuncio. No dia 28/10 no horário matutino reestruturamos o texto com as devidas alterações.Convém lembrar que para realizarmos essa reestruturação fizemos leitura de artigos, legislação, livros e monografias de vários pesquisadores. Neste mesmo dia a Prof. Pós doutoranda Jorcelina  Elisabeth da UFMT, consultora-mor da Seduc e do livro, fez a consultoria do livro. Inicialmente o horário matutino,  juntamente com os Profs Éderson que ficou responsável pelo capítulo 4 itens 4.1 e 4.3, cujo tema é Currículo e   a Prof Silvia – Cefapro de Rondonópolis que ficou com o capitulo 7 sobre gestão. Em seguida, no horário vespertino a Prof Cris que ficou com o cap 2, a Prof Alvarina cap 3, e por fim com a Prof Sara e Sueleide, cap 1 e parte do cap 4.
 De forma objetiva e clara, apresentamos a Prof Consultora as sugestões dos cap 1 e 4 justificando a inserção/substituição de parágrafos que fez alguns questionamentos de ordem conceitual. Por fim a prof compreendeu as nossas proposições , ficando assim de posteriormente submeter  a uma análise, mas que a principio, sinalizou que a reestruturação do texto fora significativa. No dia 29/10, no período matutino  A prof Sara e Sueleide contribuem no capitulo 3 que trata da estruturação dos Ciclos, com a Prof Alvarina, Gerente da Alfabetização - Seduc.  O capitulo 3 aborda a estrutura dos ciclos, Parte 3 – Estruturação dos Ciclos de Formação Humana: sinalizando novas orientações
3.1 O processo de estruturação dos Ciclos de Formação Humana
3.2 O processo de enturmação ( Alva)
3.2.1 A enturmação na escola inclusiva: necessidades educacionais especiais
3.3 O processo de escolarização no Ciclo de Formação Humana
3.3.1 Progressão Simples
3.3.2 Progressão Continua com Plano de Apoio / Intervenção Pedagógica
3.3.3 Progressão com Apoio Especializado
3.3.4 Progressão com Superação Idade/Ciclo

Essa estrutura foi reestruturada conforme a resolução 262/02 as orientações curriculares, o ensino de nove anos e a instrução normativa para atribuição de aulas 2011.

Finalizados os trabalhos no dia 29/10 as 14:00h retornamos a  Sinop.



                                                       Prof. Sueleide Alves Pereira

                                                          Cuiabá 29/10/2010